quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Transtorno Bipolar

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Transtorno Bipolar
O Transtorno Bipolar faz parte dos quadros de depressão, mas por suas características tão intensas é conhecido por “crise de exageros”. Tem períodos que o portador do transtorno bipolar passa o dia na cama, não come direito,  se deixar nem toma banho, sem animo para nada. Em outros momentos o bipolar se transforma, fica falante, expansivo, se acha onipotente e podendo tudo, a auto-estima vai para as alturas,  pula de um assunto pra outro numa rapidez que não dá tempo pra executar nada. Nessa fase a pessoa até se sente com muita energia, mas não realiza muita coisa pois não tem concentração. É agitada,  isso não o deixa fazer muita coisa.
Ou seja, numa fase não faz muita coisa porque está apático, noutra fase também não por estar agitado demais.
A fase agitada, em psicologia, é chamada de fase de mania. É a fase onde a pessoa começa a fazer compras compulsivas, por exemplo, compra tudo o que não precisa e não tem como pagar. Já teve casos de pacientes na fase mania que levava pra casa tudo quanto era mendigo das ruas. Isso é um exemplo do tipo de risco que a pessoa se coloca quando está na fase de mania. É uma gangorra emocional.
É comum os amigos gostarem do portador de transtorno bipolar nessa fase, pois ele fica corajoso. É fácil de confundir com alegria normal, mas não tem nada de normal porque o bipolar faz coisas que jamais faria se estivesse normal. O bipolar pode ter comportamentos sexuais que não são da sua natureza, a sexualidade é intensificada e isso o coloca em risco.
Não é fácil fazer o diagnóstico do bipolar. Muitas vezes essa fase exaltada só aparece muito tempo depois do quadro de depressão ter começado e quando aparece a fase da mania o bipolar  pensa  que está melhorando. Alguns deixam de fazer o tratamento nessa fase, o que é um erro, pois o que ela sentiu foi uma exaltação doentia, não se tratava da depressão em remissão.
O transtorno bipolar aparece em menor quantidade na população, é mais raro, mas por incrível que pareça é o tipo de transtorno que aparece em maior número nas clínicas em procura de tratamento. Esta procura se deve ao fato de que os sintomas do transtorno bipolar serem muito mais intensos, não dá para “empurrar com a barriga”. É como se você  levasse uma martelada no dedão do pé, você  procura ajuda imediatamente, mas quando está com aquele calo que vai apertando devagarzinho, você acha que pode se virar sozinho, não busca ajuda, mesmo precisando desta ajuda. Assim é o transtorno bipolar, como uma martelada no dedão do pé.
A depressão, e principalmente o transtorno bipolar, tem que ser visto com respeito. É uma doença, não é frescura, nem é falta de “força de vontade”. Segundo a OMS depressão está em quarto lugar em incapacitarão para o trabalho. As pessoas saem de licença devido À depressão e muito mais devido ao Transtorno Bipolar .
Não deixe isso acontecer com você. O pior problema da depressão é a desesperança, a falsa  crença de que nada vai mudar na sua vida, mas eu te garanto que se você se der uma chance você verá muita coisa mudar. Se dê o direito de se tratar.  A depressão começa com um descontentamento pela vida. Os meses vão passando e a coisa vai ficando mais grave. Sair da cama, ir para o trabalho começa a ficar muito difícil, a pessoa começa a ficar irritada, ter crises de choro,  se sente doente, apática, sem vontade de falar com ninguém. O corpo continua vivo, mas a alma se foi.
O mais importante disso tudo é você saber que tem tratamento, tem o que fazer pra controlar a depressão e o transtorno Bipolar, a psicoterapia associada ao tratamento medicmentoso oferece equilibrio e possibilidade de vida normal.
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Transtorno bipolar caracteriza-se por episódios de depressão e mania durante os quais ocorrem mudanças extremas no estado de animo, nas cognições e nos comportamentos (Vicente E. Caballo, Tratamento Cogntivo Comportamental dos Transtornos psicológicos)
O Transtorno Bipolar faz parte dos quadros de depressão, mas por suas características  intensas é conhecido por “crise de exageros”. Pode haver períodos onde o portador do transtorno bipolar passa o dia na cama, não se alimenta,  não toma banho. Em outros momentos o bipolar pode se transformar, fica falante, expansivo, se acha onipotente e podendo tudo, a auto-estima sobe,  pula de um assunto para outro. Nessa fase a pessoa pode até sentir  muita energia, mas normalmente não realiza muita coisa por falta de concentração. A agitação pode impedir de realizar tarefas corriqueiras.
A fase agitada é conhecida por fase de mania. É a fase onde das compras compulsivas, por exemplo. Já tive casos de pacientes na fase mania que levava para casa mendigos das ruas. Isso é um exemplo do tipo de risco que a pessoa pode se colocar quando está na fase de mania.
Vejo com frequencia os amigos gostarem do portador de transtorno bipolar nessa fase, pois ele pode parecer mais interessante. É fácil de confundir com alegria normal, mas o bipolar pode fazer coisas que jamais faria se estivesse em equiulibrio. O bipolar pode ter comportamentos sexuais que não são da sua natureza, a sexualidade é intensificada e isso pode coloca-lo em risco.
O diagnóstico pode ser dificultado quando essa fase exaltada só aparece muito tempo depois do quadro de depressão ter iniciado e quando aparece a fase da mania o bipolar  pode pensar  que está melhorando. Alguns deixam de fazer o tratamento nessa fase, o que é um erro, pois o que ela sentiu foi uma exaltação, não se tratava da depressão em remissão.
O transtorno bipolar aparece em menor quantidade na população comparando com a depressão típica, mas é o tipo de transtorno que aparece em maior número em procura de tratamento em meu consultório. Creio que esta procura se deve ao fato de que os sintomas do transtorno bipolar serem muito mais intensos, não dá para “empurrar com a barriga”.

Fonte: Vicente E. Caballo, Tratamento Cogntivo Comportamental dos Transtornos psicológicos
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

transtorno bipolarTranstorno Bipolar

- Como a psicologia pode ajudar o paciente diagnosticado com transtorno afetivo bipolar?

R: A psicoterapia poderá ajudar no trabalho cognitivo, trabalhando os pensamentos disfuncionais tanto da depressão como da euforia, e oferecendo o máximo possível de equilíbrio para este paciente.
Como o transtorno bipolar é uma doença de excessos, num dia está caído na cama mas no outro pode estar de festa em festa, um dos pontos principais do trabalho do psicólogo seria ajudar este paciente a identificar qual comportamento é consequência da doença, pois ele pode confundir e considerar que está melhorando, principalmente quando está saindo de um momento depressivo e entrando na euforia.
Este trabalho do psicólogo  é importante pois os amigos também podem confundir e considerar os excessos deste paciente como atitudes positivas. Por exemplo, já tive paciente que fez empréstimo no banco e distribuiu o dinheiro para vários amigos e parentes, chegou a comprar um carro para o irmão. Se esta pessoa, nem sua família, não identificar que isto não é generosidade e sim sintoma do transtorno bipolar a coisa pode ficar muito pior do que poderia ser.
Outra ajuda do psicólogo se faz na aderência ao tratamento medicamentoso. A grande maioria dos bipolares precisam manter a medicação por longos períodos, e sem um trabalho de conscientização pode ficar muito difícil manter a rotina.

- Como esse paciente se vê e se sente em relação ao diagnóstico e ao tratamento do Transtorno Bipolar?

Vejo que normalmente o diagnóstico oferece um grande alivio. Pois até chegar ao médico ou psicólogo que o informou quanto a sofrer de transtorno bipolar este paciente estava no escuro, muitos de seus comportamentos poderiam indicar que ele seria uma pessoa de caráter  duvidoso, principalmente devido aos sintomas da euforia (fase de mania) mas ao saber que ele sofre de um quadro clinico que já foi e está sendo estudado, ele percebe que há profissionais com técnicas para ajuda-lo.
- Como é feita a abordagem desse paciente nas sessões de psicoterapia?
Sempre de forma muito objetiva, clara e sem rodeios conforme as condições do paciente em absorver as informações. A psicoterapia mais adequada seria aquela que foca no aqui e agora (sem grandes análises de seu passado, pois seus comportamentos disfuncionais não são consequência de vivências traumáticas). O psicólogo deve atuar como um “treinador” emocional e comportamental visando mudanças perceptíveis tanto na forma de pensar como na de agir deste paciente.
- Como devem ser administradas as sessões de psicoterapia para as diferentes faixas etárias que sofrem de TB (crianças, jovens, adultos, idosos)?
Ainda não há muitos estudos no que se refere aos transtorno bipolar em crianças, mas percebemos que este diagnóstico vem ocorrendo com mais frequência nos últimos tempos. Quanto aos jovens, adultos e idosos não há técnicas específicas para diferentes faixas etárias pois percebemos que as técnicas existentes se mostraram eficientes para todas elas. Claro que o psicólogo adequará sempre a capacidade de compreensão de cada um assim como disposição para frequentar e se esforçar em seu tratamento.

- É comum as pessoas mais próximas não darem importância ao diagnóstico de Transtorno Bipolar?

É possível que algumas vezes as pessoas próximas não deem importância a qualquer diagnóstico psiquiátrico. É comum ouvirmos destas pessoas que “eles também tem problemas, mas resolveram sem ir ao psicólogo” . Frases como esta deixam muito claro a falta de informação do que seria uma doença psiquiátrica.
Outro motivo talvez seja a dificuldade em aceitar a incapacitação envolvida neste transtorno, alguns simplesmente não aceitam trocarem de papel e se transformarem nos cuidadores de quem até então recebia cuidados.
Outras vezes as pessoas passam a desconsiderar um diagnóstico depois que ele passou a ficar “famoso” pela mídia. Quando alguns artistas ou pessoas muito conhecidas aparecem  devido ao diagnóstico de Transtorno Bipolar causam um efeito contrário à informação fazendo com que algumas pessoas acreditem que seu conhecido ou parente está gostando do diagnóstico por estar na “moda” e sendo assim não acreditam que esta pessoa possa também sofrer do mesmo mal.
- É necessário que o cuidador e/ou familiares passem pela psicoterapia?
Sim, neste quadro é muito comum que o psicólogo convoque a família para participar. Talvez a família não frequente o consultório todas as semanas (mas o paciente sim), mas é muitíssimo importante até para que eles entendam o que e a doença, como devem lidar com este paciente, ao que devem ceder, e ao que devem ser firmes e negar.

- Como o cuidador deve agir para ajudar o paciente com Transtorno Bipolar a viver normalmente?

Colaborando para que ele não abandone o tratamento psicológico nem o medicamentoso.

- Como cuidadores e familiares devem agir com o paciente no dia a dia?

Observando suas atitudes e percebendo que esta pessoa não poderá ter um rotina como todos os membros da família. Por exemplo, num dia quando organizado um churrasco em casa, a cerveja será proibida para este paciente que está ingerindo medicação. Nada de “umazinha só não faz mal” porque faz sim.
Se acaso ocorrerem crises as orientações prescritas pelo médico e psicólogo devem ser seguidas à risca (cada família terá sua orientação conforme os comportamentos em particular daquele paciente).
As mudanças de fases devem ser observadas pois é comum que um paciente em depressão que inicia a euforia dê a impressão de que está reagindo quando na verdade está piorando. Ou quando passa da euforia para depressão pode dar a impressão de que está “entrando nos eixos”.

- Como cuidadores e familiares devem agir diante de uma crise?

Com cuidado para que não sejam feridos pelo portador do transtorno bipolar e assim que possil leva-lo para uma unidade de pronto atendimento psiquiátrico.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia  ou psicoterapia  oferecida por um psicólogo
Marisa de Abreu Alves Psicóloga - CRP 06/29493-5

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