terça-feira, 25 de agosto de 2015

Classificação do autismo


Primeiramente, é bom entender o que é DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). DSM é uma espécie de compêndio, um guia publicado pela Associação Psiquiátrica Americana e é o manual principal usado pelos médicos para fornecer um diagnóstico formal . O manual descreve os critérios específicos que devem ser atendidos para fechar um diagnóstico, com objetivo principal de fornecer orientações gerais e critérios para o diagnóstico de diferentes doenças e condições psicológicas.

No Brasil, para fins de benefícios, é utlizado o CID 10. A 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças

Esta Classificação foi aprovada pela Conferência Internacional para a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças, convocada pela Organização Mundial de Saúde, realizada em Genebra no ano de 1989, tendo a CID-10 entrado em vigor apenas a 1 de Janeiro de 1993, após a necessária preparação de material de orientação e formação.
O copyright da CID-10 pertence à Organização Mundial de Saúde – OMS e não se refere somente a transtornos psiquiátricos, mas á qualquer condição, até mesmo uma gripe.

É pelo CID que os transtornos, doenças e síndromes são reconhecidas e aceitas.

O Autismo, pelo CID está dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, mais conhecida como CID F84. É como se fosse um grupo grande (os TGDs-Transtornos Globais do Desenvolvimento) e os Subgrupos (Autismo, Rett, Asperger, TID SOE).

F84: TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO

F84.0 Autismo Infantil

F84.1 Autismo Atípico

F84.2 Síndrome de Rett

F84.3 Outro Transtorno Desintegrativo da Infância

F84.4 Transtorno com Hipercinesia Associada a Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados

F84.5 Síndrome de Asperger

F84.8 Outros Transtornos Globais do Desenvolvimento

F84.9 Transtornos Globais não Especificados do Desenvolvimento (TID SOE).

Não se sabe como vai ficar em relação ao CID, mas, pela nova revisão, agora DSM V, não existe mais a classificação Transtornos Globais do Desenvolvimento. A ideia foi acabar com as subdivisões, colocando todas estas debaixo de um mesmo Guarda Chuva, chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na prática, esse “guarda chuva” já era utilizado há um bom tempo e, principalmente na clinica terapêutica, não havia distinção entre os subtipos, mas sim classificação da severidade do transtorno.

DSM IV.

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO

Transtorno Autista

Transtorno de Rett

Transtorno Desintegrativo da Infância

(síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa)

Transtorno de Asperger

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.

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DSM V

TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Grau leve

Grau moderado

Grau severo

Então, Uma das mudanças mais significativas é que os rótulos de diagnóstico separados do Transtorno Autista, Transtorno de Asperger e TID SOE será substituído por um termo guarda-chuva “Transtorno do Espectro do Autismo: TEA”. Outras distinções serão feitas de acordo com níveis de gravidade. Os níveis de gravidade são baseados na quantidade de apoio necessário, devido aos desafios com a comunicação social e interesses restritos e comportamentos repetitivos.

Por exemplo, uma pessoa pode ser diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo, Nível 1, Nível 2 ou Nível 3.

O site de revisão do DSM-V diz que as razões para usar o termo genérico de “Transtorno do Espectro do Autismo” são: 1) a velha forma não é precisa o suficiente, os médicos diferentes diagnosticar a mesma pessoa com distúrbios diferentes, e alguns mudam de diagnóstico do mesmo sintomas de forma diferente, de ano para ano, e 2) o autismo é definido por um conjunto de condutas e deve ser caracterizado por um único nome de acordo com a gravidade.redefining-autism-dsm5-changes_50291a894dab0

A remoção dos diagnósticos formais de Transtorno de Asperger e TID SOE é uma grande mudança. As pessoas que atualmente detêm esses diagnósticos provavelmente vão receber um diagnóstico diferente quando reavaliado. Este tem o potencial de ser confuso para os pais de crianças com esses diagnósticos, bem como crianças e adultos que se identificam fortemente com o seu diagnóstico. Especialmente para os Asperger.

Revisões nos critérios específicos necessários para um diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo também foram feitas. Os novos critérios são mais completos e rigorosos em comparação com os critérios de idade. Por exemplo, mais sintomas são necessários para cumprir os critérios dentro da área de interesses fixados e comportamentos repetitivos. Outras alterações aos critérios incluem uma reorganização. Atualmente, os domínios para Transtorno Autista incluem deficiências na comunicação, interação social e interesses restritos e comportamentos repetitivos.A chamada tríade autista.

Na nova edição, a comunicação e os domínios de interação social serão combinadas em uma só, intitulado “déficits sociais / Comunicação.” Além disso, a exigência de um atraso no desenvolvimento da linguagem não é mais necessário para um diagnóstico. Essas mudanças propostas baseiam-se em pesquisas , análise e opinião de especialistas. As revisões foram feitas com a esperança de que o diagnóstico de desordens do espectro autista será mais específica, confiável e válido.

Fonte:
http://www.medicinanet.com.br/cid10/1569/f84_transtornos_globais_do_desenvolvimento.htm
www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES%2FVerClassificacoes&idZClassificacoes=91
nadjafavero.wordpress.com/2013/06/05/dsm-v-e-tea/

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