quinta-feira, 27 de agosto de 2015

PROJETO: EXPLOSÃO DE CORES



     Escola Municipal Márcio Andrade Guerra


Ensino Fundamental - 1º ao 9º ano/ EJA

       PROJETO: EXPLOSÃO DE CORES


JUSTIFICATIVA
Diante das dificuldades dos educandos que freqüentam o AEE (Atendimento Educacional Especializado) e do AP (Acompanhamento pedagógico), no reconhecimento das cores e diante de um desenho feito pela estagiária Nuamã Santos (estudante de Psicologia e acompanhante do aluno Pyetro, autista que estuda no 1º ano do Ensino Fundamental regular), percebeu-se o interesse pelo tipo de desenho (mandalas), feito por ela, neste sentido a elaboração deste projeto é desenvolver a coordenação motora e socializá-los com as cores de forma descontraída e prazerosa.  

Objetivo geral: Despertar o interesse e o gosto dos educandos pela mistura e reconhecimento das cores.

Objetivos específicos
·         Reconhecer cores primarias, secundarias e terciarias;
·         Desenvolver a coordenação motora e a concentração;
·         Adquirir noções de espaço e formas geométricas;
·         Despertar o gosto pela arte e a criatividade;

METODOLOGIA
O projeto será desenvolvido de agosto a outubro, tendo como meta proporcionar ao educando conhecer as cores e trabalhar através das mandalas que eles irão colorir a concentração e o emocional, visto que os mesmos ficam mais calmos quando estão viajando pelo mundo das cores.
Cada educando irá colorir a mandala de sua preferência, usando a sua imaginação, tendo sempre um norte (uma mandala feita pela estagiaria),em seguida sera feito uma exposição na sala de recursos multifuncionais dos trabalhos feito por  eles,  pelos seus colegas e pela estagiaria Nuamã Santos. Este trabalho poderá ser feito diariamente, de acordo com o emocional de cada educando.
Ao final do projeto será deito uma exposição nos painéis da escola, onde toda os alunos e funcionários irão conhecer os trabalhos de seus colegas. Os trabalhos irão ficar exposto por uma semana e ao final será feito uma votação (interna) com ajuda dos funcionários da escola e será escolhido as três melhores mandalas e estes alunos serão premiados ( prêmios simbólicos).

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Mandala: conceituação Vários autores, entre eles Jung (2002), Chevalier e Gheerbrant (2001), Samuels, Shorter e Plaut (1988), oferecem-nos auxílio para a compreensão da conceituação da mandala, que pode ser compreendida como círculo mágico, símbolo do centro, da meta e do si-mesmo, enquanto totalidade psíquica, de centralização da personalidade e produção de um centro novo nela. Nesse sentido, Chevalier e Gheerbrant (2001, p. 585) explicitam que a mandala é, concomitantemente, a imagem e o motor da ascensão espiritual, que procede de uma interiorização cada vez mais elevada da vida. É ainda através de uma concentração progressiva do múltiplo no uno que o eu pode ser integrado no todo e o todo reintegrado no eu. C. G. Jung recorre à imagem da mandala para designar uma representação simbólica da psique, cuja essência nos é desconhecida. Observou que essas imagens são utilizadas para consolidar o mundo interior e para favorecer a meditação em profundidade. Entre as representações do Self, quase sempre encontramos a imagem dos quatro cantos do Mundo, com um centro de um círculo dividido em quatro. Jung usou a palavra hindu mandala (círculo mágico) para designar esse tipo de estrutura, que pode ser compreendida como uma representação simbólica do átomo nuclear da pisque humana (Jung, 2002).
Green (2005, p. 16) afirma que a mandala tântrica “é uma das mais importantes da Índia, pois mostra as leis que governam o Cosmos, às quais estão submetidos tanto os homens como a Natureza em si mesma”. O que se chama tântrica refere-se a um texto sagrado hindu em que se associam as evocações de divindades, bem como a aquisição do poder mágico de alcançar a iluminação por meio da meditação. Nesse contexto, a mandala é pintada ou desenhada como suporte para meditação, assim como riscada no chão para os ritos de iniciação.
[...] as mandalas não provêm dos sonhos, mas da imaginação ativa [...] As mandalas melhores e mais significativas são encontradas no âmbito do budismo tibetano [...] Uma mandala deste tipo é assim chamado “yantra”, de uso ritual, instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro. (2002, p. 352) E prossegue: Este centro não pensando como sendo o “eu”, mas se assim se pode dizer, como o “si mesmo”. Embora o centro represente, por um lado, um ponto mais interior, a ele pertence também, por outro lado, uma periferia ou área circundante, que contém tudo quanto pertence a si mesmo, isto é, os pares de opostos, que constituem o todo da personalidade. (p. 352).

AVALIAÇÃO
A avaliação será feita no decorrer do projeto (individual) e ao final, depois da exposição às mandalas confeccionadas pelos educandos da sala de recursos multifuncionais e em seguida transformadas em um livro com recursos artesanais.

REFERENCIAS
CHANDRA, T.; KUMAR, R. Gods, goddesses & Religiosious symbols of Hinduism, Buddhism & Tantrism. Kathmandu, Nepal: Modern Printing Press, 2005. CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionários de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
FINCHER, S.F. O autoconhecimento através das mandalas. São Paulo: Pensamento, 1998. FIORAVANTE, C. Mandalas: como usar a energia dos desenhos sagrados. São Paulo: Pensamento, 2002.
GREEN, S. El Livro de los mandalas del mundo. Santiago, Chile: Océano Âmbar, 2005.

SAMUELS, A; SHORTER, B.; PLAUT, F. Dicionário crítico de análise junguiana. Rio de Janeiro: Imago/Consultoria Editora, 1998. 

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