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Brasília – Seis pessoas foram premiadas pelo Senado Federal nesta quinta-feira (24) com a Comenda Dorina Nowill, um reconhecimento aos agraciados por suas contribuições para a defesa dos direitos de pessoas com deficiência. Dorina Norwill (1919-2010) foi uma professora brasileira que ficou cega aos 17 anos, criou uma fundação homônima, trouxe máquinas de impressão em Braille para o Brasil e se especializou em educação para pessoas com deficiência visual.
Durante uma sessão especial no Plenário do Senado, a comenda foi concedida pela primeira vez em 2015 aos seis agraciados e, in memoriam, à própria Dorina.
“A premiação é um incentivo para aqueles que lutam pela igualdade de direitos das pessoas com deficiência, e a acessibilidade é um tema que há muito tempo me sensibiliza”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O evento também celebrou, por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, que foi comemorado na última segunda-feira (21). O tenor Saulo Laucas, aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), deficiente visual e autista, cantou para os convidados o hino nacional e a ópera Nessun Dorma.
A criação do prêmio foi uma iniciativa da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), presidente do conselho da comenda em 2015 e responsável pela escolha das homenageadas: Aracy Lêdo, Maria Luiza Câmera, Loni Manica, Solange Calmon, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) e a ex-deputada federal e atual secretária da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas, Rosinha da Adefal.
Representando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Alfredo Keffer (PSDB-PR) registrou ser uma pessoa com deficiência que superou as dificuldades e conseguiu exercer suas atividades, estudando e trabalhando.
“Gostaria de ver no Brasil todo as pessoas com deficiência exercendo sua completa cidadania, com legislação adequada e usufruto dos benefícios que devemos proporcionar a eles”, disse.
Agraciadas
Para a laureada Rosinha do Adefal, que recebeu seu prêmio do senador Lasier Martins (PDT-RS), o principal desafio das pessoas com deficiência agora é fazer com que as leis saiam do papel e se tornem realidade, para que os deficientes deixem de ser “os mudinhos, os aleijadinhos, os ceguinhos” e se tornem cidadãos de verdade.
Para a laureada Rosinha do Adefal, que recebeu seu prêmio do senador Lasier Martins (PDT-RS), o principal desafio das pessoas com deficiência agora é fazer com que as leis saiam do papel e se tornem realidade, para que os deficientes deixem de ser “os mudinhos, os aleijadinhos, os ceguinhos” e se tornem cidadãos de verdade.
A socióloga Aracy Lêdo, presidente da presidente da Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fenapaes), recebeu seu prêmio das mãos do senador Fernando Collor (PTB-AL). Ela comemorou a visibilidade que vem sendo alcançada pelas pessoas com deficiência, que antes eram escondidas pelas famílias e não eram reconhecidas.
Maria Luiza Câmera, ex-membro do Comitê Internacional de Mulheres com Deficiência, recebeu a comenda da senadora Lídice da Mata. Ela fez um discurso emocionado sobre sua história e seu ativismo, que deu visibilidade à causa.
Loni Manica, assessora parlamentar do Senado e especialista em educação de pessoas com deficiência, recebeu a placa e o diploma das mãos do governador do Distrito Federal, o ex-senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Ela explicou que sua motivação para estudar e se aprofundar no tema foi o irmão mais velho, deficiente intelectual, a quem dedicou o prêmio.
Já Solange Calmon, jornalista da TV Senado, criadora e apresentadora do programa “Inclusão”, recebeu a comenda do senador Paulo Paim. Ela explicou que o tema entrou na sua vida quando começou a fazer leitura para cegos numa escola de Brasília.
A deputada Mara Gabrilli, que é tetraplégica e foi a primeira secretária municipal da Pessoa com Deficiência em São Paulo, não pode comparecer ao evento. O senador José Serra (PSDB-SP) entregou ainda a comenda em homenagem à Dorina Nowill ao filho da homenageada, Cristiano Nowill, que falou em nome de seus irmãos Alexandre, Dorina, Márcio e Denise.
“Ela trouxe luz para esse mundo quando se viu privada da luz da visão e, em vez de chorar, virou o jogo. Virar o jogo é o que vocês todos fizeram, que lutam pelas causas das pessoas com deficiência”, disse Cristiano.
* Com informações da Agência Senado
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