segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Mensagem 4

A criança e Deus

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus:
- "Dizem-me que estarei sendo enviado à Terra amanhã... Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?"
E Deus disse:
- "Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você."
Criança:
- "Mas diga-me: aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?"
Deus:
- "Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz."
Criança:
- "Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?"
Deus:
- "Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar."
Criança:
- "E o que farei quando eu quiser Te falar?"
Deus:
- "Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar."
Criança:
- "Eu ouvi que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?"
Deus:
- "Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida."
Criança:
- "Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais."
Deus:
- "Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você."
Nesse momento havia muita paz no Céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas. A criança, apressada, pediu suavemente:
- "Oh Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo."
E Deus respondeu :
- "Você chamará seu anjo de ... MÃE!"

Mensagem 3

NÃO DESISTA NUNCA

Se você não acreditar naquilo que você é capaz de fazer; quem vai acreditar? 
Dizer que existe uma idade certa, tempo certo, local certo, não existe. 
Somente quando você estiver convicto daquilo que deseja e esta convicção fizer parte integrante do processo. 
Mas quando ocorre este momento? Imagine uma ponte sobre um rio. 
Você está em uma margem e seu objetivo está na outra. 
Você pensa, raciocina, acredita que a sua realização está lá. 
Você atravessa a ponte, abraça o objetivo e não olha para traz. 
Estoura a sua ponte. 
Pode ser que tenha até dificuldades, mas se você realmente acredita que pode realizá-lo, não perca tempo: vá e faça. 
Agora, se você simplesmente não quer ficar nesta margem e não tem um objetivo definido, no momento do estouro, você estará exatamente no meio da ponte. 
Já viu alguém no meio de uma ponte na hora da explosão... eu também não. 
Realmente não é simples. 
Quando você visualizar o seu objetivo e criar a coragem suficiente em realizá-lo, tenha em mente que para a sua concretização, alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja, facilidades e dificuldades aparecerão, mas se realmente acredita que pode fazer, os incômodos desaparecerão. 
É só não se desesperar. 
Seja no mínimo um pouco paciente. 
Pois é, as diferenças básicas entre os três momentos são: 
ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA Você começou a sonhar... sonhar... sonhar! De repente, sentiu-se estimulado a querer ou gozar de algo melhor. 
Entretanto, dentro de sua avaliação, começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle, não permitem que, suas habilidades e competências o realize. 
Pergunto, vale a pena insistir? 
Para ficar mais tangível, imaginemos que uma pessoa sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora não o permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?
Para que você não fique no mundo da lua, meio maluquinho, estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este objetivo e parta para outros sonhos! ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE ATRAVESSÁ-LA Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço. 
O fato de você desejar não ficar numa situação desagradável é válido, entretanto você não saber o que é mais agradável, já não o é! Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em pensamento, não leva a lugar algum. Você tem a obrigação consciencional de criar alternativas melhores. 
Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao luxo de sair sem destino. 
O nosso futuro não é responsabilidade de outrem, nós é que construímos o nosso futuro. Sem desculpas, pode começar... 
ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA. 
No início comentei sobre as pessoas que realizaram o sucesso e outras que não tiveram a mesma sorte. 
Em primeiro lugar, acredito que temos de definir o que é sucesso. 
Sou pelas coisas simples, sucesso é gostar do que faz e fazer o que gosta. 
Tentamos nos moldar em uma cultura de determinados valores, onde o sucesso é medido pela posse de coisas, mas é muito mesquinho você ter e não desfrutar daquilo que realmente deseja. 
As pessoas que realizaram a oportunidade de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente, não só imaginaram, atravessaram e encontraram os objetivos do outro lado. 
Os objetivos a serem perseguidos, foram construídos dentro de uma visão clara do que se queria alcançar, em tempo suficiente, de modo adequado, através de fatores pessoais ou impessoais, facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento utilizado para a sua concretização. 
A visão sem ação, não passa de um sonho. 
A ação sem visão é só um passatempo. 
A visão com ação pode mudar o mundo.

Mensagem 2

A ESCOLA DOS BICHOS

Rosana Rizzuti

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feitos.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

Mensagem 1

Avance Sempre


Na vida as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar. Mesmo um pequeno avanço na direção certa já é um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.

Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.
Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios.

Continue andando e fazendo.

O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.

A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.

Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo.

Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.

Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.

Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar
!!!

Artigo II

O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA ESCOLA MUNICIPAL ALVERINO MOREIRA CHAVES.
Conceição Ferreira Leite¹

Resumo. A sociedade tem se modificado muito e a Inspeção Escolar na Escola Municipal Alverino Moreira Chaves está ligada a vários fatores que contribuem com o processo democrático da comunidade escolar, no processo ensino aprendizagem. Evidentemente, nem sempre foi assim, no primeiro momento existiu muita rejeição por parte dos professores na aceitação deste profissional, pois para eles o inspetor escolar tinha a função de cobrar, criticar e fiscalizar seus trabalhos. A própria expressão lingüística nos remete à história, desde o Brasil colonial, de que o ato de inspecionar nos lembra o ato de fiscalizar, observar, examinar, verificar, olhar, vistoriar, controlar. Neste sentido percebe-se que o objetivo desse estudo é analisar e refletir sobre a importância do trabalho do Inspetor Escolar, sua aceitação e esclarecer para todos os profissionais da educação que sua contribuição é de suma importância para o sucesso do trabalho dos educadores da Escola Municipal Alverino Moreira Chaves frente aos novos paradigmas educacionais.

PALAVRAS CHAVES: Inspetor Escolar, Paradigmas, Escola Participativa, Aprendizagem

Abstract:

Society has changed a lot and school inspection at the Municipal School Alverino Moreira Keys is linked to many factors that contribute to the democratic process of the school community in the learning process. Of course, it was not always so, at
____________________________
¹ Pós-Graduanda em Supervisão, Orientação e Inspeção Escolar. Insituto Superior Tupy. E_mail: conceicaopositivo@hotmail.com.

firstthere was a lot of rejection by teachers of professionalacceptance, because for them the school inspector had the job of charge, to criticize and supervise their work. The very phrasereminds us of the linguistic history, from colonial Brazil, that the act of inspecting the act reminds us to inspect, observe, examine, verify, look, inspect, control. In this sense it is clear thatthe aim of this study is to analyze and reflect on the important work of the School Inspector, his acceptance and how their work is critical to the success of the work of educators from local school Alverino Chaves Moreira forward to new paradigmseducation

KEY WORDS: School Inspector, Paradigms, School Participation, Learning

1  INTRODUÇÃO:

O objetivo deste trabalho é acompanhar a trajetória do inspetor escolar na Escola Municipal Alverino Moreira Chaves fazendo uma reflexão sobre a importância da dimensão do trabalho do inspetor escolar frente aos novos paradigmas educacionais e que ele seja visto como mediador e não como alguém que esta inserida no processo ensino aprendizagem só para cobrar, fiscalizar e criticar.  A pesquisa deste trabalho foi baseada em pressupostos de alguns autores que tem muito conhecimento sobre este assunto, além de fazer a abordagem diária do papel do inspetor escolar na escola acima citada.    
. Nesta pesquisa será relatada como as transformações no processo ensino aprendizagem estão acontecendo em ritmo acelerado, com a ajuda deste profissional. Esta acontecendo grandes influencia na educação, pois diante das novas sociedades, surge o papel fundamental do educador que é contribuir na formação de cidadãos atuantes, críticos e participativos, com isso novos paradigmas, vão sendo criados com o objetivo de transformar a educação num instrumento de democratização social.
Com o desenvolvimento alcançado das ciências e tecnologias a sociedade gerou mudanças na educação. Uma das conseqüências é mais conhecimento, fazendo da sociedade hoje mais caracterizada como sociedade da informação, segundo aponta Alarção ( 2001 p.47).
 Os novos paradigmas da educação exigem um novo perfil de educador, este profissional devera trabalhar em consonância com a realidade que desponta em sua frente, principalmente em relação às próprias mudanças existentes na sociedade globalizada. O papel do inspetor escolar é estar preparado para experimentar novos modos de aprendizagem junto ao supervisor para dar suporte ao professor, se dispondo a exercitar outras capacidades cognitivas, construindo conhecimento coletivamente.
O objetivo deste estudo é analisar e refletir sobre a importância da dimensão do trabalho do inspetor escolar frente aos novos paradigmas educacionais e que ele seja visto como mediador e não como alguém que esta inserida no processo ensino aprendizagem só para cobrar, fiscalizar e criticar.  Este artigo foi baseado em pressupostos de alguns autores que tem muito conhecimento sobre este assunto, além de fazer a abordagem diária e uma pesquisa qualitativa do papel do inspetor escolar na escola acima citada. 
             No desenvolver deste artigo abordaremos contribuições teóricas que ajudaram a entender as atribuições do inspetor escolar e como é o trabalho do inspetor escolar nas superintendências regionais de ensino.
             Será apresentado detalhadamente o papel do supervisor escolar na Escola Municipal Alverino Moreira Chaves e também como este profissional pode contribuir na formação de cidadãos de sucesso e bem sucedidos, além estar inseridos no processo ensino aprendizagem como um grande mediador para os professores.

2 DESENVOLVIMENTO:

Na Escola Municipal Alverino Moreira Chaves, a figura do inspetor escolar é de suma importância, pois a mesma é uma escola municipal e na maioria das vezes quem toma todas as decisões para o seu funcionamento é a secretaria da educação que já vem com normas prontas só para serem executadas. Por isso, como a pratica educativa, se torna um importante agente político e de caráter pedagógico do sistema, poderá sugerir mudanças estratégicas nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma implementação organizacional mais ampla e democrática garantindo acesso de toda sociedade, do corpo docente e discente nas instituições escolares, ao conhecimento e à cultura, dando condições de trabalho e de melhoria na educação local.
Também a escola atual necessita que os profissionais da educação revejam as novas tecnologias e passe a trabalhar de forma que o aluno construa seu próprio conhecimento para a prática significativa de sua própria vida, isto só será possível através de currículos, modificações, estratégias, o trabalho em parceria dos educadores junto ao inspetor escolar, recursos e parcerias com a comunidade, exigindo uma atuação de reestruturação da escola para que o ensino se modernize e que os profissionais se aperfeiçoem nas ações pedagógicas a diversidade dos aprendizes. Para Alonso (2003, p.124), para a atualidade a escola atual seria aquela que visa propostas educacionais para o ensino dos alunos dando-lhes oportunidades iguais e valorizando a diversidade que surge identificando se estão na direção de melhorias para todos os alunos.       
Neste sentido o inspetor escolar nesta instituição hoje não se limita apenas nas suas ações, estabelecendo e determinando normas, mas também na revisão e mudanças na legislação, numa chamada a realidade social a que se destina, dando seu parecer a administração do sistema das conseqüências da aplicação dessas mesmas normas.
O papel do inspetor escolar é importante sobre o ponto de vista educacional, pois torna se capaz de captar os efeitos da aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do formal a real função comunicadora, coordenadora e reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema. 
  “Art.65. (L.D.B.: Lei de Diretrizes e Bases) - O Inspetor de Ensino, escolhido por concurso de títulos e provas, deve possuir conhecimentos técnicos e pedagógicos demonstrados de preferência no exercício de funções de magistério, de auxiliar de administração escolar ou na direção de estabelecimento de ensinos” (Meneses, 1977, p.53 ).
             A inspeção escolar que atua na Escola Municipal Alverino Moreira Chaves traz consigo um papel muito importante de assessorar a equipe pedagógica, (direção e supervisão) quanto à metodologia do ensino e prestar continua assistência didática pedagógica aos docentes, pois a escola passa por grandes transformações e valores moldando uma nova geração para uma sociedade mais culta, justa e consciente dos seus direitos e deveres, visando a compreensão do papel do inspetor de educação exigem analise de suas origens, relações e condições, no processo histórico do contexto brasileiro, social, político e econômico.

Para nós educadores as inovações estão acontecendo sempre, podemos contar que nasce uma nova educação um novo sistema educacional e pode se definir a função do inspetor escolar com o suporte teórico para que estas mudanças possam contribuir para o sucesso de nossa pratica pedagógica. Autores buscam relacionar o papel do inspetor escolar nas instituições de ensino, principalmente na escola referida, pois a mesma anteriormente via este profissional como um grande inimigo, mas devido a sua atuação e desempenho, percebe-se que cabe a ele atuar de maneira inovadora e critica frente ao processo educacional intervindo de maneira variada á escola, contribuindo de forma participativa e transformadora.
O papel do inspetor no processo ensino aprendizagem esta em constante reconstrução, as convicções do passado parece esta em meio a rever os rumos na busca não de uma direção, mas de muitas que se abrem a nossa frente à rapidez com que se da à produção de novos conhecimentos impõe novas demandas para a escola. Mais que nunca o aluno precisa ser preparado para conviver com a diversidade e provisoriedade do ensino, com as incertezas e imprevistos para saber usar as novas tecnologias, linguagens e se adaptar a novas exigências.
A Escola Municipal Alverino Moreira Chaves busca manter aliada as mudanças, preocupando em priorizar sempre que o aluno também precisa estar em sintonia com as evoluções sabendo utilizá-las da melhor maneira possível. Em relação ao professor mudou o conteúdo imposto, antes era considerado prioritário hoje se abre espaço para a importância das relações professor aluno, o respeito, a aceitação, a vivência democrática e o apoio total ao desenvolvimento livre e pleno do educando também fazem parte do processo ensino aprendizagem.
O mercado de trabalho tornou se mais seletivo e complexo exigindo uma mão de obra altamente qualificada, educadores inseridos nas grandes inovações tecnológicas que precisa ser garantida pela educação.
Tavares e Escott ( 2005, p.58 ), diz que: Em cada momento, a escola sempre buscou acompanhar os cenários sociais da época. Apesar de bem intencionada, na teoria, na prática o alcance dos objetivos quase sempre foi muito tímido; sabe-se que, até então, pouca intenção saiu do papel para se reverter em ações concretas. Pouco e lento é o caminhar mais a postura de alguns educadores tem sido o ponto chave do fazer pedagógico da educação em geral.
Assim o inspetor escolar deve considerar os pilares da educação ressaltada na comissão internacional sobre a educação para o século XXI, que são aprender a conhecer, aprender a fazer aprender a conviver. Deve criar espaços que favoreçam novas relações no interior da instituição escolar, para que os alunos, pais, professorem e demais profissionais, tornando um coletivo capaz de construir uma escola onde saberes estejam voltados para a aprendizagem do aluno e sua formação como cidadão comprometido com a formação da sociedade.
Também saber lidar com espaços de confrontos que permitirão o conhecimento dos diferentes olhares e concepções do homem, educação que permeiam as relações, um inspetor escolar também depara com diversas dificuldades entre elas: Sugestão e produção, trabalhar causas e não efeitos, trabalhar na criação de paradigmas, estimularem pensamentos transformadores, articular informações e ações, não aceitação por parte dos professores, pois os mesmos o vê como um fiscal e não como mediador e ainda enfrentar condições precárias de trabalho. Pra uma tomada de decisão coerente pode se dizer que a percepção necessita de neutralidade de imparcialidade diante da analise da situação, muitas vezes no meio educativo raciocina-se mais com os sentimentos do que com a razão, buscando quase sempre dar coloridos aos fatos. Nessa postura constituem-se em pilares da dinâmica das relações sociais, numa via de mão dupla, pontos de chegada e parida, possibilitando não só a autoconstrução do sujeito e da realidade que os cerca, mas também sua transformação.
Para Medina (2005, p. 75) cabe ao inspetor dá suporte à autonomia, impedindo a soberania, encontrar no emaranhado legal os caminhos caminháveis, as alternativas possíveis para conciliar o desejável, para a garantia da probabilidade do ensino, para melhoria das condições de trabalho, para tornar fértil o saber pedagógico, sem ferir as normas e dispositivos legais.
Na trajetória educacional os educadores que fazem parte do corpo docente da Escola Municipal Alverino Moreira Chaves foi considerado que o papel do inspetor escolar que faz parte desta instituição será de articulação e integração, contribuindo para recolocar a visão de totalidade no tratamento que será dado ao conhecimento, no currículo escolar. Mas uma grande descoberta depois de muitos problemas de rejeição diante dos professores é a percepção de que o inspetor escolar necessita ter formação na área em que atua, e em algumas vezes não era o que acontecia, bastava que ele fosse um educador com formação superior e não era o que acontecia, pois alem de ser capaz de compreender o sentido dessa totalidade e ajudara a escola na criação e desenvolvimento de projetos pedagógicos que viabiliza o trabalho integrador em que a escola devera se empenhar, com a participação de todos os seus profissionais, como educador ele formado em Pedagogia, ele deve compreender a mobilização dos profissionais, estimulando a organização de seminários, encontros, cursos, projetos para repensar novas formas de aprendizagem e de aplicação da aprendizagem. Não cabe mais ao inspetor escolar o papel de ir à escola somente para prescrever, mas sim para traduzir, explicar, interpretar e reescrever as determinações, avaliar o seu impacto na vida da escola e discutir como cumprir e acompanhar a aplicação da norma, levando em conta a realidade da escola, cabe a inspeção escolar a tarefa de contribuir na preparação dos educandos para a vida social, compreendendo daí a necessidade de estar voltada para o equilíbrio emocional, objetividade, imparcialidade, responsabilidade e principalmente organização e método colocando o seu relato de forma clara, proporcionando sempre uma prática entre a teoria com a prática.

2.1  ATRIBUIÇÕES DO INSPETOR ESCOLAR:

Os novos paradigmas da educação nacional encaminham a questão de ordem prática: são desafios que colocam o Inspetor Escolar para a observância da legislação da educação junto às escolas, pelo seu papel de legítimo representante da administração central e regional do Sistema. Uma leitura mais atenta da Lei de Diretrizes e Bases Nacional e de alguns de seus artigos remete a algumas competências que o Inspetor Escolar pode exercer, em ação solidária com as escolas e seus diretores, pedagogos e professores e em interação com setores das secretarias estaduais e municipais e dos órgãos regionais de educação.
A Inspeção Escolar é correção, auditoria, orientação e assistência técnica. Esses profissionais são os olhos e os ouvidos do Poder Público na escola. O perfil desse profissional deve ser: (Segundo a Lei de Diretrizes e Bases Nacional).
·               Função Verificadora: deve possuir domínio da legislação, ser pesquisador e observador.
·               Função Avaliadora: Educador
·               Função Orientadora: ter boa comunicação oral e escrita. Conciliador.
·               Função Corretiva: segurança e postura pedagógica.
·               Função realimentadora: criatividade.

 
Além disso, o Inspetor Escolar deve ser orientado profissionalmente conforme o Art. 4º da Resolução Secretaria Estadual de Ensino nº. 305/83:
I - comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram;
II - verificação e avaliação das condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino;
III - orientação e assistência aos estabelecimentos de ensino na aplicação das normas do sistema;
IV - promoção de medidas para a correção de falhas e irregularidades verificadas nos estabelecimentos de ensino, visando à regularidade do seu funcionamento e a melhoria da educação escolar.
V - informação aos órgãos decisórios do sistema sobre a impropriedade ou inadequação de normas relativas ao ensino e sugestão de modificações, quando for o caso.
Com relação à conquista da autonomia da escola são atribuições do Inspetor Escolar:

2.2 O TRABALHO DO INSPETOR ESCOLAR NAS SUPERINTENDÊNCIAS REGIONAIS DE ENSINO:

As S.R.E (Superintendência Regional de Ensino) é uma repartição pública responsável pelas instituições de ensino.
A finalidade das Superintendências Regionais de Ensino é exercer, em nível regional, as ações se supervisão técnica, orientação normativa, cooperação e articulações e integração Estado e Município em consonância com as políticas educacionais.
A Superintendência Regional de Ensino atende várias cidades de Minas Gerais e a Escola Municipal Alverino Moreira Chaves tem 02 Inspetores Escolares. A organização dos Setores de Inspeção Escolar e a distribuição entre os Inspetores são feitas pelo Diretor S.R. E (Secretaria Regional de Ensino), levando em conta a compatibilidade das escolas, o perfil do Inspetor e o tempo de serviço.
As escolas municipais e particulares situados na cidade que estiver sob a responsabilidade de visita do Inspetor Escolar, também receberão respaldo legal do mesmo.
O Inspetor ficará responsável pela Escola Municipal Alverino Moreira Chaves, apesar da preferência de atendimento desse profissional será sempre a escola estadual e as visitas nestas deverão ocorrer pelo menos uma vez por semana. As viagens feitas pelo Inspetor Escolar até as cidades sob sua responsabilidade serão custeadas pelo governo do estado conforme legislação pertinente. Mediante essa ajuda de custo e por uma questão de ética o Inspetor Escolar não poderá exigir nenhum tipo de alimentação especial nas escolas e nenhum tipo de transporte específico. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais; incluindo as viagens, visitas e reuniões na superintendência de ensino, sendo considerado um cargo de dedicação exclusiva.
Durante as visitas nas unidades escolares o Inspetor Escolar utilizará a comunicação escrita, o seu melhor instrumento de trabalho, assim sendo, “O Termo de Visita” deve ser claro, objetivo, informativo e conter sugestões, análise e quando necessário, determinar prazo para o cumprimento de medidas saneadoras sugeridas, não se deve colocar opinião pessoal e atenção especial quanto aos elogios. O termo deverá ser lido com o Gestor da Escola antes de ser assinado por este. Há outros registros que podem ser efetuados como, por exemplo, a Ata Técnica, que não deixa de ser um Termo de Visita, porém é lavrado por técnicos da S.R. E (Secretaria Regional de Ensino), em atendimento à Ordem de Serviço, quando a comissão não conta com a presença de Inspetor Escolar. Outro tipo de registro é o relatório Circunstanciado, uma explanação minuciosa e descritiva de fatos e ocorrências. È utilizado nos processos de verificação preliminar e sindicância; validação e convalidação de atos escolares, processos de regularização de vida escolar e verificação “in loco” e documentos supostamente falsos. Além de todos esses registros e de suas atribuições acima já citados, esse profissional deverá estar sempre bem instruído sobre a legislação educacional que tem como objetivo ajudar as instituições escolares e nossos alunos.

CONCLUSÃO:
A maior descoberta dos profissionais da Escola Municipal Alverino Moreira Chaves é que o papel do inspetor escolar é de suma importância para a realização e sucesso do processo ensino aprendizagem, pois neste sentido chegamos a conclusão de que o trabalho deste profissional é construir uma nova escola, voltado para  um trabalho coletivo, isto é identificar as competências especificas e utilizá-las em busca de objetivos comuns. Necessitamos de cidadão versátil, criativo e competente e para tal devemos contar com uma educação moderna de qualidade, apoiada na competência cientifica e política. Ao inspetor escolar viabiliza-se o papel de trocas de experiências e informação, bem como dinamizar relação entre pais, alunos e comunidade escolar, com vistas ao bom êxito do processo ensino aprendizagem em um todo da instituição educativa. Enquanto profissional esse deve estar atento aos princípios e valores como tarefa primordial, dando ênfase a postura que privilegia a ética. Sob o impacto de novas tecnologias o inspetor escolar devera buscar novo estilo organizacional de acordo com as novas formas de pensamento, estilos pedagógicos e administrativos adequados a nova realidade.
Como o mundo ético e político assim também estão em permanente evolução à imagem simbólica na educação poderá abrir espaço para o possível mundo nas ações deste novo profissional.
      
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. AGUIAR,José Marcio de.Manual do Inspetor Escolar.Vol.I- Lâncer- 1996.
2. ALARCÂO, Isabel. Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed, 2001.
3. ALONSO, Myrtes. A Inspeção e o desenvolvimento profissional do professor. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
4. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional – Decreto – Lei nº. 21.241 de 04/05/1932 
 5. MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.

6. MENESES, João Gualberto de Carvalho. Princípios e Métodos de Inspeção Escolar - Saraiva-1977, Art. 67.

7. TAVARES, Ana Cristina Rodrigues; ESCOTT, Clarice Monteiro. A construção da escola de qualidade – uma reflexão sobre o papel do especialista em educação. Série Interinstitucional, UCEPEL,2007.

Artigo

    UCAM - UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES









“A importância do Atendimento Educacional Especializado”, para os alunos com necessidades especiais no ensino regular.












DOM CAVATI-MG
 2013




UCAM - UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES









“A importância do Atendimento Educacional Especializado”, para os alunos com necessidades especiais no ensino regular.






Trabalho apresentado como requisito para conclusão da pós-graduação: Educação Inclusiva Especial pela UCAM- Universidade de Cândido Mendes, orientado pela tutora Natalia Alexandra Freitas e Silva.



DOM CAVATI – MG
2013



 “A importância do Atendimento Educacional Especializado”, para os alunos com necessidades especiais no ensino regular.
Conceição Ferreira Leite

RESUMO
Nos dias atuais o numero de pessoas com necessidades especiais vem aumentando assustadoramente em todos os níveis, levando a população a repensar sobre a questão da inclusão social, percebe-se que diante dos preconceitos existentes a discriminação é muito profunda. As dificuldades no atendimento de alunos com  necessidades especiais é muito grande, principalmente nas escolas regulares, os professores encontram inúmeras dificuldades na assistência a estes alunos, por não estarem preparados para recebê-los, as escolas também encontram muitos desafios devido a falta de infra-estrutura, espaço adequado para os cadeirantes, falta muito para que estes alunos possam ser inseridos no processo ensino aprendizagem com dignidade. Neste sentido surge o questionamento sobre a importância do Atendimento Educacional Especializado para atender os alunos com necessidades especiais nas escolas regulares. Sabemos que esse processo de transição não é fácil, pois envolve uma reestruturação educacional.

Palavras chave: Inclusão, discriminação, aluno e Atendimento Educacional Especializado.

ABSTRAT:
Nowadays the number of people with special needs is increasing alarmingly at all vels , leading people to rethink the issue of social inclusion , it is noticed that before existing judices discrimination is very deep . The difficulties in servicing students with special needs is very large , especially in mainstream schools , teachers are numerous difficulties in  ____________________________________________________________________
¹Pós-Graduanda em Educação Inclusiva Especial pela universidade Pós Online – UCAM.Candido Mendes, pós graduada em Inspeção,Supervisão e Orientação pela SOCIESC. Email:cfleite2013@hotmail.com

assisting these students because they are not prepared to receive them , schools also face many challenges due to lack of infrastructure structure , suitable for wheelchair space be long before these students can be inserted into the learning process with dignity . In this sense the question about the importance of specialized education appears to serve students with special needs in mainstream schools . We know that the transition is not easy , because it involves an educational restructuring .

Keywords: Inclusion, discrimination, student and Specialized Educational Services.
 
1.                INTRODUÇÃO:
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, a educação inclusiva na modalidade escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para os alunos com necessidades especiais.  Mas nos últimos anos estes  processo vem atravessando momentos de muita  transição, abandono e discriminação, sabemos que é muito lento e envolve uma grande reestruturação.
De acordo com a L.D.B., a sala de recursos é um serviço de apoio pedagógico especializado no espaço escolar e é preciso ter um profissional preparado para fazer este atendimento educacional que será realizado no ensino regular em turno diversificado.
A sala de recursos deverá possuir um planejamento anula bem elaborado, feito pelo professor (AEE e o especialista da instituição de ensino), tendo como norte o planejamento das atividades diárias (individual), tendo como objetivo favorecer o aprimoramento dos eixos, habilidades, capacidades e competências que ira atender o educando no seu desenvolvimento, dando condições ao educador de acompanhar os conteúdos curriculares exigidos nas classes regulares. O professor da sala de recurso deve deixar claro para os professores do ensino regular que o objetivo do Acompanhamento Educacional Especializado é realizar atividades que venham de encontro com as dificuldades encontradas pelos alunos portadores de necessidades especiais (estas atividades são de reforço escolar ou para ajudar os alunos nas atividades que são destinadas para casa).
Cabe ao professor que ira atuar n sala de recursos manter contato diário diário com os pais ou responsáveis dos alunos,que fazem parte do Atendimento Educacional Especializado pra melhor funcionamento da sala de recursos . O professor regente precisa esta sempre em parceria com o professor  da sala de recursos  e esse contato é de suma importância para melhor desenvolvimento e acompanhamento dos alunos com necessidades educacionais especiais.

2. DESENVOLVIMENTO:
Segundo a Secretaria de Educação Especial / MEC a sala de recursos é um ambiente de natureza pedagógica, orientado por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino.
O atendimento educacional especializado funciona de acordo com as normas da Secretaria de Educação Especial / MEC que diz que pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, em horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum.

 A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns do ensino regular, como meta das políticas de educação, exige interação constante entre professor da classe comum e os dos serviços de apoio pedagógico especializado, sob pena de alguns educandos não atingirem rendimento escolar satisfatório. (p. 51)


2. A EDUCAÇÃO ESPECIAL

2.1 DEFINIÇÃO

A Educação Especial insere-se nos diferentes níveis da Educação Escolar: Educação Básica (educação infantil, educação fundamental e ensino médio) e Educação Superior, bem como nas demais modalidades da educação escolar, como a educação de jovens e adultos, a educação profissional e a educação indígena.
Sendo assim, a Educação Especial é definida como: A modalidade de ensino que se caracteriza por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação formal dos educandos que apresentem necessidades educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens. Tais educandos, também denominados de
"excepcionais", são justamente aqueles que hoje têm sido chamados de "alunos com necessidades educacionais especiais". (MAZZOTTA, 2003).
A LDB nº. 9394/96, em seu Capítulo V, Art. 58, define por Educação Especial a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.
Já nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica:
Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional escolar definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica. (p. 69).

2.2 NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS


O termo necessidades educacionais especiais foi adotado pelo Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica (Resolução nº 2, de 11-9-01, com base no Parecer CNE/CEB nº 17/2001, homologado pelo MEC em 15-8-01). (SASSAKI, 2003), pois até esta data a educação especial era tradicionalmente destinada apenas ao atendimento de alunos que apresentavam deficiências (mental, visual, auditiva, físico-motoras e múltiplas); condutas  típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, bem como de alunos que apresentam altas habilidades/superlotação.
Mas com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que visam a inclusão: entende-se que todo e qualquer aluno pode apresentar, ao longo de                       sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente,
vinculada ou não aos grupos já mencionados:
1. Educandos que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
1.1. Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específicas;
1.2. Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
2. Dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, particularmente alunos que apresentam surdez, cegueira, surdo-cegueira ou distúrbios acentuados de linguagem;
3.Altas habilidades/superlotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a
dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes. Com essa nova visão apresentada pelas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, percebemos que o foco agora é a qualidade de ensino para todos, os esforços serão somados através de recursos, tecnologias, materiais didáticos, para favorecer não apenas um grupo restrito, mas todos os alunos que perecerem de atenção especial para atingirem o sucesso escolar. Nesta visão inclusiva, o atendimento educacional especializado, através da sala de recursos, deve ser destinado a todos que tiverem alguma necessidade educacional especial.

2.3.  INCLUSÃO ESCOLAR


No ano de 1975, já se falava em Educação Inclusiva nos Estados Unidos, mas só em 1994, que o termo inclusão foi oficializado com a Declaração de Salamanca. Nessa época, no Brasil, entrava em vigor o PNEE, que buscava garantir atendimento educacional aos alunos com necessidades educativas especiais através da modalidade de integração.
A inclusão surgiu a partir de crítica ao “sistema de cascata” que visa somente o esforço do aluno com necessidades educacionais especiais em se adaptar ao sistema do ensino, buscando fugir da segregação rumo à integração. Já a inclusão visa um esforço coletivo, pois A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. Os alunos com deficiência constituem uma grande preocupação para os educadores inclusivos.
A busca pela a inclusão já é realidade nas escolas brasileiras, mas Os professores do ensino regular consideram-se incompetentes para lidar com as diferenças em sala de aula, especialmente para atender os alunos com deficiência, pois seus colegas especializados sempre se distinguiram por realizar apenas esse atendimento e exageraram essa capacidade de fazê-lo aos olhos de todos. (MANTOAN, 2006, p. 17).
Para muitos educadores, a inclusão em educação [...], é entendida como sinônimo de movimentação de todos os alunos das classes ou das escolas especiais para o ensino regular, pressupondo-se que a simples inserção desses alunos nas turmas ditas 21 comuns significa que estão incluídos e integrados com seus pares “normais” e exercendo seu direito de cidadania de apropriação e construção do saber e do saber fazer. (CARVALHO, 2007, p. 87).
Mas não basta a conscientização dos professores do ensino regular, seguimos a passos muito lentos rumo a uma escola verdadeiramente inclusiva, devido a falta de investimento do governo, através de políticas públicas que busquem a qualidade do ensino, pois: A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e  reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas – especialmente as de nível básico -, ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado e de como a aprendizagem é concebida e avaliada. (MANTOAN, 2006, p. 40).
A inclusão é uma inovação que perpassa as paredes da escola e sugere mudanças maiores, mudanças de paradigma, de conceito, de visão, mudança de mundo. Muitos pais não aceitam que a inclusão aconteça nas escolas de seus filhos com receio de que a qualidade de ensino será inferiorizada devido ao convívio com alunos com necessidades educacionais especiais, mas a intenção é o oposto, a inclusão é uma provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo todos os alunos que fracassam em suas salas de aula. (MANTOAN, 2006, p. 20).

2.4.  ATENDIMENTO INCLUSIVO


No Brasil de acordo com os Dados do Censo Escolar de 2006 (MEC/INEP) que discriminam índices comparativos anuais entre 1998/2006, registrou-se um crescimento do atendimento inclusivo.
Com relação a Evolução de Matrículas na Educação Especial, entre 1998 e 2006, houve crescimento de 640% das matrículas em escolas comuns (inclusão) de 43.923 para 325.136 e de 28% em escolas e classes especiais de 293.403 para 375.488. Sendo assim, a Evolução da Política de Inclusão nas Classes Comuns do Ensino Regular caracteriza-se com a diminuição do número de Matrículas em Escolas Especializadas e Classes Especiais de 87,0 % para 53,6% e o crescimento nas Matrículas em Escolas Regulares/Classes Comuns de 13,0% para 46,4%.
Com relação a Evolução de Matrículas na Educação Especial na Rede Pública e Privada, houve crescimento de 146% das matrículas em escolas públicas com orientação inclusiva e de 64% em escolas privadas. Sendo assim o atendimento em escolas públicas cresceu de 53,2% para 63,0% e o atendimento em escolas privadas caiu de 46,8% para 37,0%. 23 Com relação a Evolução de Matrículas em Escolas Regulares/Classes Comuns, entre 2002 e 2006, houve crescimento de 194% das matrículas inclusivas, com crescimento de 175% em escolas com apoio pedagógico especializado e 208% em escolas sem apoio pedagógico especializado. Sendo assim, as matrículas com apoio pedagógico especializado caíram de 44,7% para 42,0% e as matrículas sem apoio pedagógico especializado cresceram de 55,3% para 58,0%.
Com relação aos Professores na Educação Especial, entre 2002 e 2006, houve crescimento de 22,8% no total de professores na Educação Especial, com crescimento de 33,3% dos professores com curso específico e queda de 3,8% dos professores sem curso específico para atender alunos com N.E.E.

2.5. SALA DE RECURSOS: UM BREVE HISTÓRICO CONCEITUAL


Segundo Marchesi e Martin (1995, p. 14 apud PRIETO; SOUSA, 2007). A partir dos anos 60, começou a formar-se em diferentes países um importante movimento de opinião em favor da integração educacional dos alunos com algum tipo de deficiência. Seu objetivo era reivindicar condições educacionais satisfatórias para todos esses meninos e meninas dentro da escola regular e sensibilizar professores, pais e autoridades civis e educacionais para que assumissem uma atitude positiva em todo esse processo.
A adoção das salas de recursos na educação especial brasileira aconteceu em meados da década de 70 (SILVA), pois a sala de recursos compõe o sistema de integração que veio a substituir o modelo de segregação total utilizado até então.
Um dos primeiros conceitos de sala de recursos é a indicação do ensino com recursos adequados para excepcionais matriculados em turma comum que, ficava sendo a sua turma. Este ensino era conveniente para qualquer tipo de criança que pudesse ser bem sucedida em classes comuns quando auxiliada por essa assistência. (DUNN, 1977 apud SILVA).
A definição de Kirk/Gallagher (1977, p. 56-57 apud SILVA) é o “oferecimento do ensino especial em um ambiente o mais próximo do normal que possibilite o domínio do conteúdo e das habilidades”, assim, a sala de recursos seria “geralmente uma sala de aula pequena para a qual se indica um professor especial e para quais as crianças vão por curtos períodos diários para um trabalho especial”.
Nesta época a educação especial era definida, segundo Kirk (1972, p. 13 apud OLIVEIRA, 2004), com a função educacional de complementação e suplementação do programa escolar regular, com vistas à assistência à criança em seu desenvolvimento e em suas potencialidades, bem como na correção de suas imperfeições, com o objetivo de diminuir a distância entre desempenho e potencial.
Nesse sentido, foram previstas as salas de recursos como locais onde, num determinado período do dia, a criança com aprendizagem lenta recebe aulas especiais de um professor treinado para esse atendimento. Essa modalidade implica em que o aluno permaneça na sala de aula comum, participando das atividades diárias com seus companheiros ditos normais, recebendo, porém assistência especializada nessa sala de recursos. (BRASIL, 1979, p. 7 apud OLIVEIRA, 2004).
A sala de recursos teve nomenclatura diferenciada na visão de alguns autores como em Cruisckshank e Johnson (1979, p. 75 apud SILVA), que a tratava como sala de auxílio a qual envolve a presença de um professor de educação especial localizado num estabelecimento escolar único. Entretanto, ele atende as crianças somente naqueles aspectos determinados em que necessitam de ajuda.
Já de acordo com os estudos de Denari (1984, p. 84 apud SILVA), recebeu o nome de sala de reforço que representa uma tentativa de intervenção nas séries elementares do 1º grau, de melhorar o padrão de desempenho dos alunos. Após cumprirem o horário regular diário, determinados alunos (os que apresentam rendimento mais baixo) retornam à escola em períodos adicionais para aulas de “reforço ou recuperação”.
As salas de recursos, assim denominadas em documento oficial (BRASIL, 1979), e incluídas entre as modalidades da educação especial como serviços destinados a apoiar o aluno deficiente mental educável, oferecendo-lhe assistência especializada para melhor desempenho cognitivo em seus estudos nas salas de aula comuns, que deveriam estar freqüentando com os alunos ditos normais, de acordo com o especificado na Proposta Curricular elaborada para esse fim (BRASIL, 1979, p. 12-13 apud OLIVEIRA, 2004).
Notamos que nesta época o serviço da sala de recursos não era destinado a todos os alunos integrados, somente aos considerados educáveis, pois os outros considerados não educáveis ficavam presos a etapas mais segregativas da integração.
No Brasil, após a década de 70 reivindica-se, cada vez mais, o direito das pessoas estudarem em ambientes comuns. Essa reivindicação foi e é impulsionada, principalmente, pelas associações DE e PARA pessoas com deficiência e por profissionais da educação, visando a garantir que passemos da “escola para alguns” à real existência de “escola para todos”, indo além de se garantir apenas estarem “todos na escola” (PRIETO, 2000 apud PRIETO; SOUSA, 2007).
Conforme orientações fornecidas pelo órgão oficial da educação especial (BRASIL, 1984 apud OLIVEIRA, 2004), as escolas comuns poderiam oferecer integração de forma gradativa aos deficientes mentais educáveis, desde o nível pré-escolar.
A sala de recursos, conforme MEC/CENESP (BRASIL, 1984, p. 21-22 apud OLIVEIRA, 2004), estava orientada ao atendimento do deficiente mental educável, mas sua definição não a confirmava como um serviço essencial, pois estava prevista no referido documento, a depender da disponibilidade financeira e de recursos humanos da região, ou seja, não havia garantia quanto à implantação da sala de recursos na escola, conforme a necessidade do aluno.
Posteriormente, ainda como iniciativa do CENESP, em 28 de agosto de 1986 foi publicada a Portaria nº 69, contendo normas para fixação de critérios reguladores da prestação de apoio técnico e/ou financeiro à Educação Especial nos sistemas de ensino público e particular.
Essa Portaria voltava-se a assegurar a integração dos “educandos com necessidades especiais” em classes comuns, sendo incisiva para a ação do “especial”, garantindo qualidade e permanência, a criação do apoio pedagógico especializado e a sala de recursos. A  unção adjetivadora do “especial” tinha seu foco na ação do professor, no material e nos demais recursos pedagógicos.
Nesse documento oficial, ainda sob a influência da Lei nº. 5.692/71, a sala de recursos aparece definida como “local especial, com professor especializado, material e recursos pedagógicos adequados” para atendimento complementar aos alunos com necessidades especiais que freqüentassem a classe comum. (BRASIL, 1986 apud OLIVEIRA, 2004).
Manzoli (1994 p.196 apud SILVA) também partilhava da idéia de reforço ao recomendar a sala de recursos para aquelas (crianças) que não aprendessem por serem portadoras de um distúrbio de aprendizagem, ou por qualquer outro motivo dessa natureza, deveriam permanecer no ensino comum, com reforço de programas específicos para o seu problema numa sala de recursos.
A Declaração de Salamanca (1994) traz como principio fundamental da escola inclusiva que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola.
Com isso percebemos a necessidade da reestruturação da escola para oferecer um ensino de qualidade para todos pois as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer suporte extra requerido para assegurar uma educação efetiva. (Declaração de Salamanca, 1994).
A LDB nº 9.394/96 não cita a sala de recursos, mas diz que o atendimento educacional  será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das  condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica a sala de recursos é um serviço de apoio pedagógico especializado que ocorre no espaço escolar, sendo definido como um serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum.
A SEESP/MEC (2006) traz o conceito de salas de recursos multifuncionais que são espaços da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar. (ALVES et al, 2006).


2.6. O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Sanfelice (1989, p. 20 apud OLIVEIRA, 2004) referia-se a apoios pedagógicos especializados como “[...] serviços educacionais diversificados oferecidos pela escola comum para responder às necessidades educacionais especiais do educando”.
Se analisarmos minuciosamente o termo “atendimento educacional especializado”, o Dicionário Aurélio, nos traz o significado de atendimento, como dar ou prestar atenção, atentar, observar, acolher com atenção ou cortesia, tomar em consideração; já o termo especializado significa particularizado, singularizado, trabalho profissional ligado a uma habilidade ou interesse particular de cada um.
Segundo Carvalho (2007 p. 67) Com esses significados podemos considerar o atendimento especializado tanto do ponto de vista de quem o oferece – o profissional que se especializa – como do ponto de vista do sujeito que o recebe e que, como indivíduo, é um ser particular, singular em seus interesses, em suas características pessoais e sociais.
Servem como exemplos – no caso dos profissionais – os professores que se especializam para trabalhar em educação infantil; no Ensino Fundamental de primeira a quarta séries; ma educação de jovens e adultos ou no atendimento a cegos, surdos, com paralisia cerebral, com autismo... E, no caso dos sujeitos que recebem o atendimento educacional especializado eles são os próprios aprendizes, valorizados em suas particularidades.
A Constituição traz em seu Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de: “[...] III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;”
Segundo Mantoan (2006, p. 27) O preferencialmente refere-se a “atendimento educacional especializado”, ou seja, o que é necessariamente diferente no ensino para melhor atender às especificidades dos alunos com deficiência. Abrange, sobretudo, instrumentos necessários à eliminação das barreiras naturais que as pessoas com deficiência têm para relacionar-se com o ambiente externo. Exemplos: o ensino da língua brasileira de sinais (Libras) e do código braile e o uso dos recursos de informática e de outras ferramentas e linguagens que precisam estar disponíveis nas escolas ditas regulares.
Esse direito também está assegurado na LDBEN - Lei n°. 9.394/96, no parecer do CNE/CEB n°. 17l 01, na Resolução CNE/CEB n°. 2, de 11 de setembro de 2001, na Lei n°. 10.436/02 e no Decreto n°. 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Segundo a SEESP/MEC (2005) os tipos de atendimento educacional especializado são:
· Atendimento pedagógico domiciliar: Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado a alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de tratamento de saúde, que implique permanência prolongada em domicílio e impossibilite-os de freqüentar a escola.
· Classe hospitalar: Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado a alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de  tratamento de saúde, que implique prolongada internação hospitalar e impossibilite-os de freqüentar a escola.
· Estimulação precoce: Atendimento educacional especializado a crianças com necessidades educacionais especiais do nascimento até os três anos de idade, caracterizado pelo emprego de estratégias de estimulação para o desenvolvimento físico, sensório       perceptivo, motor, sócio-afetivo, cognitivo e da linguagem.
· Apoio pedagógico especializado - Atendimento educacional especializado, realizado  referencialmente na rede regular de ensino, ou, extraordinariamente, em centros
especializados para viabilizar o acesso e permanência, com qualidade, dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola. Constitui-se de atividades e recursos como:
Ensino e interpretação de Libras, sistema Braille, comunicação alternativa, tecnologiasassistivas, educação física adaptada, enriquecimento e aprofundamento curricular, ficinas pedagógicas, entre outros.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica os serviços de apoio pedagógico especializado ocorrem no espaço escolar e envolvem professores com diferentes funções:
Classes comuns: serviço que se efetiva por meio do trabalho de equipe, abrangendo professores da classe comum e da educação especial, para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem. Pode contar com a colaboração de outros profissionais, como psicólogos escolares, por exemplo.
Salas de recursos: serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino.
Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horário diferente daquele em que freqüentam a classe comum.
Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.
Professores-intérpretes: são profissionais especializados para apoiar alunos    
surdos, surdos-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização.
Já segundo a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais os Atendimentos Educacionais Especializados são recursos educacionais e estratégias de apoio e complementação colocados à disposição dos alunos com deficiências e condutas típicas, proporcionando diferentes alternativas de atendimento, de acordo com as necessidades  educacionais especiais de cada aluno, representando procedimentos que são, necessariamente, diferentes do ensino escolar para melhor atender às especificidades desses alunos. (...) e podem ser oferecidos na forma de apoio e complementação. O Atendimento Educacional Especializado na forma de Apoio representa os atendimentos que favorecem o acesso ao  currículo, podendo ser oferecidos dentro ou fora da sala de aula no mesmo turno da escolarização do aluno. Efetiva-se por meio dos serviços de: Itinerância, Interpretação de Libras, Instrução de Libras, Guia Intérprete ou Professor de Apoio. Já o Atendimento Educacional Especializado na forma de Complementação representa o trabalho pedagógico complementar necessário ao desenvolvimento de competências e habilidades próprias nos  diferentes níveis de ensino, realizado no contra turno da escolarização do aluno e se efetiva por meio dos seguintes serviços: Salas de Recursos ou Oficinas Pedagógicas de Formação e Capacitação Profissional.
Segundo Alves et al. (2006), o atendimento educacional especializado constitui parte Diversificada do currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais, organizado institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento educacional especializado em salas de recursos se destacam: o ensino de Libras, o sistema Braille e o Soroban, a comunicação alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros.
Além do atendimento educacional especializado realizado em salas de recursos ou centros  especializados, algumas atividades ou recursos devem ser disponibilizados dentro da própria classe comum, como, por exemplo, os serviços de tradutor e intérprete de Libras e a disponibilidade das ajudas técnicas e tecnologias assistivas, entre outros.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos através desse artigo, que do século XXI requer uma nova escola e um renovado serviço de Atendimento Educacional Especializado, direcionada para uma escola cidadã, aquela que garantam a todos os alunos acessos e permanência, com uma educação de qualidade. Os princípios constitucionais e as normas estabelecidas pelos Conselhos Nacionais e Estaduais, a partir da Constituição de 1988, indicam que a universalização da educação, a equidade e a qualidade exigem entre outros a descentralização das decisões, autonomia com responsabilidades, gestão democrática e avaliação institucional.
Uma escola única de igual padrão assumida pela inclusão social tendo como ponto de referencia uma sala de recursos para atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais e um profissional especializado. Este profissional pode assumir uma função relevante e significativa, ao exercerem com competência e responsabilidade as funções de acompanhamento, apoio, ao aluno com necessidades. Por outro lado, a deformação da educação desejada é muitas vezes alimentada pela falta de profissionais suficientes para atender as escolas, trabalho burocratizado, esvaziado e empobrecido de conteúdo político, social e pedagógico, ficando em rotinas de cobranças de papéis e de informações secundárias. Existe a flexibilidade da lei, porém as interpretações equivocadas fazem com que necessitemos de uma maior presença de um especialista em Atendimento Educacional Especializado para que ocorra um entendimento claro dos princípios básicos e fundamentais exigidos para que este educando tenha um atendimento diferenciado garantindo a sua inclusão na sociedade atual. Esse profissional atual deve procurar uma bibliografia atualizada que possa auxiliar a definir as principais linhas de opções coerentes como o novo paradigma da educação, substituindo o autoritarismo e diretividade por posturas inovadoras que possam ser inserida no processo ensino aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, nas escolas regulares deforma digna. Enfim espera-se da atuação do Atendimento Educacional Especializado nas salas de recursos do ensino regular a partir de novos paradigmas educacionais, que tenha vontade política, compromisso, competência, segurança e sabedoria.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:


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Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.
ALVES, Denise; GOTTI, Marlene; GRIBOSKI, Claudia; DUTRA, Claudia. Sala de recursos  multifuncionais: espaços para atendimento educacional. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2006.
BRASIL. MEC. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Secretaria de Educação Especial. MEC: SEESP, 2001.
GOMES, Adriana; FERNANDES, Anna; BATISTA, Cristina; SALUSTIANO, Dorivaldo;
MANTOAN, Maria Teresa; FIGUEIREDO, Rita. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado Deficiência Mental.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. 5. ed. Porto Alegre: Mediação, 2007.
CORRÊA, Maria Ângela Monteiro. Educação Especial. V. 1 Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005.
em: MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Atendimento educacional especializado: o ue é? Por que? Como fazer? Disponível
_______. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2. ed. São Paulo:  Moderna, 2006.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
OLIVEIRA, Fabiana Maria das Graças Soares. As salas de recursos como apoio pedagógico especializado à educação escolar do deficiente mental. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Programa de pós-graduçao em Educação – Curso de Mestrado MS, 2004.
ONU. Nações unidas no Brasil. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível
PRIETO, Rosangela & SOUSA, Sandra. Educação especial: o atendimento em salas de recursos na rede municipal de São Paulo. São Paulo, 2007.
SANTOS, Maria da Glória Schaper dos. Educação Especial. V. 2 Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2004.
SASSAKI, Romeu Kazumi Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Mídia e Deficiência, da Agência de Notícias dos Direitos da Infância e da Fundação Banco do Brasil.
SILVA, Fabiany de Cássia Tavares. Espaços, tempos e professores das salas de recursos e das salas comuns: expressões de cultura escolar. UFMS/PPGEdu. Disponível em:
_______. Estudo comparado das perspectivas conceituais das salas de recursos e de apoio: evoluções e tendências.
LDBN – Lei de Diretrizes Bases Nacionais
Declaração Salamanca
  



ANEXO:
Planejamento para o trabalho em uma sala de recursos:
Obs: Os conteúdos serão desenvolvidos de acordo com a necessidade especial de cada educando e com o material disponível em sala de aula.


OBJETIVOS

CONTEUDOS
RECURSOS DIDATICO

*Desenvolver atividades de complementação curricular utilizando procedimentos e materiais específicos;

*Estimular o desenvolvimento da escala neuroavaliativa;

*Desenvolver áreas sensório-percepto-cognitivas;

*Aprimorar ou desenvolver áreas motoras;

*Favorecer a inclusão com escola de ensino regular ou especializado (sala de recursos com A.E.E)

*Auxiliar a criança no desenvolvimento, de acordo com a faixa etária, procurando mantê-lo ativa e dinâmica por meio de palavras, jogos e exercícios, respeitando a individualidade de cada aluno.

MOTRICIDADE
*Coordenação de movimentos amplos
*Coordenação manual
*Coordenação Visio – motora
PERCEPÇÃO TÁTIL
*Discriminação de texturas
*Discriminação de formas
Discriminação de tamanhos
*Discriminação térmica
*Percepção estereognóstica
*Discriminação de peso
PERCEPÇÃO AUDITIVA
*Discriminação de ruídos
*Compreensão de palavras
*Estruturação rítmica das palavras
*Discriminação de sons iniciais e finais de palavras
PERCEPÇÃO VISUAL
*Reconhecimento de objetos
*Cores/formas/tamanhos/figura-fundo
*Orientação espacial
ESQUEMA CORPORAL
*Figura humana
*O corpo, rosto
*Lateralidade
ESTRUTURAÇÃO TEMPORESPACIAL
*Orientação temporal
*Orientação espacial
PENSAMENTO
*Atenção e concentração
*Memória e criatividade
*Pensamento lógico
MATEMÁTICA
*Conceitualização
*Sistema de numeração
*Operações matemáticas
*Instrumento de medidas
*Material e método especifico
LINGUGEM VERBAL
*Vocabulário
*Gramática
*Fluência verbal
*Alfabetização
EDUCAÇÃO MUSICAL
*Percepção  auditiva
*Percepção temporal



*Bingo de letras e números
*Calendário
*Confecção de crachás
*Construção do alfabeto
*Cruzadinha
*Diagnose
*Diversidade textual
*Jogos educativos,encaixe, memória e outros
*Letras e números móvel
*Lista de nome dos alunos
*Massinha de modelar
*Musica
*Projetos
*Recorte/colagem
*Alinhavos
*Argila
*Dobraduras
*Conversa informal
* Uso de materiais confeccionado de sucatas de acordo com a necessidade especial de cada aluno