Pesquisadores acreditam que aumento no número de crianças autistas está relacionado aos pais muito inteligentes.
Por Renata Demôro
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, condição que afeta a maneira com que interagem e se comunicam. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, estão relacionando o aumento do número de autistas aos pais muito inteligentes.
De acordo com os cientistas, há sinais de que profissionais das áreas de ciência e matemática, como cientistas, engenheiros e programadores de computador estão mais propensos a gerar crianças autistas.
Níveis elevados de testosterona podem ser a explicaçãoOs cientistas acreditam que profissionais das áreas de ciência e matemática secretem mais testosterona do que o normal. Outros estudos já mostraram que níveis altos do hormônio masculino no líquido amniótico, líquido que envolve o embrião, podem afetar o desenvolvimento do bebê, ainda no útero.
O estudo de Cambridge também procura entender se a incidência de autismo é maior quando pai e mãe atuam em áreas de excelência acadêmica, como ciência e matemática, ou se apenas o fato de um deles atuar nessas áreas já eleva a probabilidade.
Em 1997, uma pesquisa mostrou que a incidência de autismo era maior entre filhos e netos de engenheiros do que quando comparada a profissionais de outras áreas. Em 2001, um relatório sugeriu que as taxas de autismo são maiores entre os matemáticos do que quando outras profissões são analisadas. O resultado final do novo estudo, proposto pelos pesquisadores de Cambridge, estará disponível daqui a um ano.
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