sábado, 24 de outubro de 2015

Pais inteligentes podem ter mais chances de gerar filhos autistas, dizem pesquisadores

Pesquisadores acreditam que aumento no número de crianças autistas está relacionado aos pais muito inteligentes.


Por Renata Demôro

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, condição que afeta a maneira com que interagem e se comunicam. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, estão relacionando o aumento do número de autistas aos pais muito inteligentes. 
De acordo com os cientistas, há sinais de que profissionais das áreas de ciência e matemática, como cientistas, engenheiros e programadores de computador estão mais propensos a gerar crianças autistas. 

Níveis elevados de testosterona podem ser a explicaçãoOs cientistas acreditam que profissionais das áreas de ciência e matemática secretem mais testosterona do que o normal. Outros estudos já mostraram que níveis altos do hormônio masculino no líquido amniótico, líquido que envolve o embrião, podem afetar o desenvolvimento do bebê, ainda no útero. 

O estudo de Cambridge também procura entender se a incidência de autismo é maior quando pai e mãe atuam em áreas de excelência acadêmica, como ciência e matemática, ou se apenas o fato de um deles atuar nessas áreas já eleva a probabilidade. 

Em 1997, uma pesquisa mostrou que a incidência de autismo era maior entre filhos e netos de engenheiros do que quando comparada a profissionais de outras áreas. Em 2001, um relatório sugeriu que as taxas de autismo são maiores entre os matemáticos do que quando outras profissões são analisadas. O resultado final do novo estudo, proposto pelos pesquisadores de Cambridge, estará disponível daqui a um ano. 

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