domingo, 25 de outubro de 2015

Escola gratuita para autistas funciona na Zona Norte.


A Auma tem mais de duas décadas de atividade e recebe cinquenta estudantes


 Eliana Mota, na Associação dos Amigos da Criança Autista

Um dos melhores presentes que Nathália Boralli, diagnosticada com autismo, ganhou de sua mãe na infância foi uma escola. “Nenhum colégio regular queria matriculá-la ou estava preparado para tê-la como aluna”, recorda a assistente social Eliana Boralli Mota, referindo-se à filha, que tem hoje 28 anos. Eliana começou improvisando dentro da própria casa uma sala de aula e contratou uma pedagoga para auxiliar no trabalho. A experiência deu origem ao Centro Educacional da Associação dos Amigos da Criança Autista Nathália Boralli.
Com mais de duas décadas de atividade, a iniciativa cresceu e virou uma escola oficialmente em 2010. A sede fica no Mandaqui, na Zona Norte. Ali, é feito o atendimento gratuito a crianças autistas e com síndrome de Asperger. Cerca de cinquenta estudantes, com idade a partir de 6 anos, frequentam o local, divididos em dois turnos diários. As atividades levam em conta as necessidades de aprendizagem: as orientações para executá-las, por exemplo, ficam expostas nas paredes, com diversos recursos visuais. “As crianças aprendem vendo, não ouvindo, e precisam saber de antemão tudo o que vão fazer no dia”, explica Eliana, que se tornou uma espécie de consultora sobre o assunto. Segundo ela, por ano, mais de 400 famílias de todo o país a procuram para pedir informação sobre o assunto. “Quero ajudar esses pais a conhecer melhor os filhos maravilhosos que têm”, diz.

Um comentário:

  1. Como foi bom achar seu blog... descobri a um mes q meu filho de 3 anos é autista, ainda estou perdida, sem chão, procurando entender como é o mundo dele, nao sei onde ir, a quem procurar. Preciso tanto de ajuda...

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