É um dia de semana normal.
Tenho um blog e trabalho na internet o dia todo. Hoje Instagram e FB tem muito mais relação com o meu trabalho do que com a minha vida social. Acordo cedo e passo alguns minutos na cama postando e checando o instagram.
Levanto, dou um beijo nos meninos e vamos tomar café. O celular fica na mesa ao alcance das minhas mãos. Entre um gole de suco, uma garfada na tapioca e o papo com os meninos, dou uma olhada no instagram. Essa hora da manhã (por incrível que pareça) o whatsapp já dá o ar da graça e isso me assusta! Sou do tempo em que era uma falta de educação enorme ligar para as pessoas antes das 10:00 da manhã. Não seria o mesmo critério para o whatsapp?
No meio dos meus pensamentos escuto o Matheus dizer: mamãe olha pra mim, larga o celular! E é nesse exato momento, que a culpa misturada com o ódio dessa tecnologia acelerada aparecem para me dar bom dia. Sim, diga meu filho. Largo o celular de lado e penso: preciso parar com isso! Levo eles na natação e durante o caminho mando duas mensagens de aúdio pelo whatsapp. Gente, de verdade, meu celular não para! Acho que estou pegando ódio mortal de quem inventou o whatsapp. Claro que eu sei que o whatsapp é uma forma incrível e rápida de comunicação, mas as pessoas andam exagerando na dose. Penso: preciso dar uma limpada nos meus grupos o mais rápido possível.
Chegando na academia, coloco eles na piscina. Enquanto eles nadam eu intercalo entre olhar as novas conquistas dos meninos na natação e o meu trabalho no celular. Entretanto, percebo que outras mães (que não trabalham na internet) fazem a mesma coisa. Dou banho nos dois e vou pra casa com eles. Em casa, sento para brincar de LEGO com o meu pequeno. E o celular não para, grupos e mais grupos estão com a corda toda hoje heim? Dou uma olhada e o Thomás fala: Mamãe guarda o seu celular? Ahhhh como doí escutar isso. Então deixo o celular de lado novamente, mesmo sabendo que está rolando uma decisão importante de trabalho com a Gabi no WhatsApp. Respiro e tento relaxar brincando com o meu filho. Terminamos o LEGO e ele pede para eu ler uma história. O celular não para de vibrar, vou lá conferir.
Uma amiga me pede uma informação que está precisando naquele exato momento. Enquanto isso, o Thomás fala: mamãe, você está com o celular de novo? Deixa aí, vem ler a história pra mim! Vou sim Tho! Respondo rapidamente para a minha amiga, e mesmo sabendo que já são trezentas novas mensagens no Whatsapp, e mais uma dúzia de emails, respiro, inspiro e vou ler para ele! Depois da leitura vou tomar banho. Saio do chuveiro e mais mensagens. Me seco, visto minha roupa rapidamente e começo a responder o que tem mais urgência. Dali a pouco o Matheus aparece no meu quarto e fala: mamãe estou com dúvida na lição. Lá vou eu com meu celular no bolso vibrando como um louco. Termino de tirar a dúvida dele e sento um pouco. Almoço, meninos na escola e eu no trabalho. Entre um paciente e outro as mensagens triplicam. A hora que eu pego o celular são quase 500 mensagens e mil coisas acontecendo no instagram. Ah, e agora só pra ficar um pouquinho mais “fácil”nesse mundo dos blogs, ainda “tem que ter” o tal do snapchat. Quem e que foi inventar mais essa agora? Me diga? Tenho certeza que essa pessoa não é mãe!
Vou pegar os meninos na escola e vejo 5 mães conhecidas sentadas em uma mesa, todas no celular. A cena me angustia. Vou falar oi. Duas delas nem levantam a cabeça para me ver, só falam oi e os olhos continuam atentos nos seus I Phones. Sinto um certo alívio em pensar que tem pessoas em um estágio mais avançado do que eu, mas ao mesmo tempo, sinto uma revolta enorme ao perceber o que essa mega tecnologia tem feito conosco. Vejo um filho abraçando uma mãe ao sair da escola. Ela fala um oi rápido pra ele, e no segundo seguinte volta a olhar para o celular. Sinto pena daquela criança querendo o olhar da mãe. A cena me faz pensar: Nossa, eu já devo ter feito isso também! A culpa e a raiva da tecnologia dão o ar da graça novamente para me dar boa noite! No fim do dia vou deitar e penso: amanhã vou largar esse celular pra lá e que se dane as mensagens. Vou silenciar e não deixar vibrar nunca mais na vida! Ah, e não adianta falar que não se identifica, porque é auto engano!
Estamos todos juntos nesse barco! Onde isso vai parar? É tão novo pra gente! O que isso interfere na nossa relação com os nossos filhos? Quantas perguntas! E onde estão as respostas? Menos ansiedade talvez? Largar o celular pra lá? Mas ai eu penso: deixá-lo pra lá é como estar em uma estação de trem precisando ir para uma cidade, e na hora que o trem chega, deixá-lo partir e ficar ali… sentada na estação como se nada fosse. É exatamente essa sensação que eu tenho, pois a tecnologia está fazendo o mundo andar na velocidade da luz!
Tudo o que eu queria era isso… uma luz para compreender. De verdade, não queria ser filho nessa época em que vivemos agora! Ahhh, e pensando bem, nem adulto! Tudo o que eu queria era voltar nos tempos do telefone em que ligar antes das 10:00 da manhã e depois das 21:00 era uma tremenda falta de educação. Não sei, se era melhor ou pior, só sei que era bom.
- Clube da Fraldinha
Sou mãe de criança pequena mas vejo meus irmãos grudados no celular. Às vezes é como falar com as paredes. Aqui em casa somos muito tecnológicos então consequentemente Théo captará esses estímulos. A internet e computadores sempre encurtaram distâncias permitindo que nos comunicássemos com pessoas queridas que não moram aqui no Brasil. Eu permito o contato com o celular porque acredito que essa ferramenta é uma outra maneira de entretenimento. Claro que não deve ser a única e que deve ser limitada, mas a modernidade está aí e não é possível ignorá-la.
O Clube da Fraldinha trata dos mais diferentes e variados temas ligados à gestação e à maternidade. Falamos de decoração, festas, cuidados, dia-dia, produtos, comportamento, educação, higiene, lazer e muito mais. Entrevistas com mães famosas, programação infantil, dicas de viagens e colunas profissionais são nossos destaques. Conheça o blog
- Para Criança
Aqui em casa o celular já foi usado com mais frequência do que hoje. Até há uns 6 meses eu estava deixando à desejar em tudo que se pode imaginar por conta do celular, redes sociais, zap zap, e aí um dia Alice com 2 anos e 4 meses olhou bem séria pra mim, tomou o iphone, desligou, e falou pra mim: “Bincar mamãe” (brincar mamãe). Naquele exato momento eu senti vergonha de mim, abracei minha filha e pedi desculpas à ela. Desde então, estabeleci horários de ficar no celular, e à noite o desligo e só o ligo no outro dia pela manhã. Trocar o momento real pelo digital tem sido raridade aqui em casa, e sinceramente vale a pena. Mas ainda preciso cortar mais tempo dedicado à esse aparelho. Ah, se preciso!!! rsrsrs
Karina Ruela, mãe da Alice, de 2 anos e 10 meses, responsável pelo Para Criança. O Para Criança existe para incentivar a ligação entre pais e filhos através de cultura, diversão, entretenimento e viagens. Aproveitar a infância é essencial! Conheça o blog
- Criançaria
Celular é brinquedo de criança? Na minha casa celular é brinquedo de adulto e me pego várias vezes incomodada com o excesso do uso. Me policio diariamente para não exceder o limite e perder conversas e momentos com as minhas filhas por atrativos do celular e aplicativos diversos. Empresto me celular para minhas filhas ligarem para parentes e amigos, mas não penso em dar um aparelho desses nas mãos delas. Se como adulta, tenho dificuldade em ministrar meu tempo de uso, sei que uma criança terá menos discernimento ainda em controlar esse tempo, além de vários outros fatores prejudiciais.
Bela Aires é advogada e mãe de duas princesas de 7 e 4 anos. Desde que se tornou mãe passou a ter um interesse ainda maior por todo o universo materno e/ou infantil. Assim, surgiu o Criançaria, um site onde ela divide suas experiências e muitas informações. Conheça o blog
- Roteiro Baby
Celulares são tão úteis hoje em dia que é mesmo difícil desconectar deles. No entanto, a vida moderna já nos afasta dos filhos por tanto tempo que, para estar com eles ao máximo é preciso priorizá-los. E para que esse tempo seja de qualidade, é preciso concentração nas crianças. Para eu me policiar, reservo horários para me conectar e deixo o telefone longe e/ou silencioso quando estou com minha filha.
Roteiro Baby: há 5 anos no ar e com a maior fanpage para mães no Facebook, o Roteiro Baby compartilha dicas sobre o que há de mais interessante no mercado e cotidiano materno-infantil. Conheça o blog
- Mães Brasileiras
Penso que devo apresentar para meus filhos de tudo um pouco, mas cabe a nós pais dosar tudo que oferecemos e apresentamos. Tudo que é demasiado faz mal para qualquer pessoa, e como o filho depende totalmente dos limites que colocamos, a interferência negativa se dará por conta de um adulto que não sabe administrar o tempo.
Não deixo o celular fazer parte necessária da vida dos gêmeos e muito menos uma necessidade, até porque existem outras brincadeiras, brinquedos, passeios e atividades que os divertem, ensinam e exploram todos os sentidos, fala, escrita e desenvolvimento cognitivo. (Cléo Silva Oliveira)
Portal Mães Brasileiras – Feito por mães reais, para mães reais. Duas mães em diferentes situações e experiências vividas, mas com único sentimento, o amor incondicional pelos filhos. Conheça o blog
- Leticia Dream Baby
Quem nunca deixou o filho de lado por alguns minutos e ficou fazendo algo no celular quando deveria estar dando atenção para a criança? Vamos confessar que todas já fizemos isso. Eu já fiz e sei que faço diversas vezes. É muito normal hoje em dia vermos as mães sentadas no parquinho com os olhos no celular enquanto os filhos brincam com outras crianças e em determinados momentos isso é totalmente inofensivo, mas temos que tomar cuidado pois a praticidade de ter tudo à mão em um smartphone é também uma grande distração e às vezes nos faz perder momentos únicos. Como faço para me segurar? Deixo o celular longe, desligado ou carregando na tomada para ficar livre de qualquer distração e poder me dedicar integralmente e brincar com meu filho.
Leticia Dantas escreve em seu blog Leticia Dream Baby, que traz informações e inspirações para mães além de dar muitas dicas sobre a Disney. Conheça o blog
- Clube de Duas
Eu diria que este é um dos maiores problemas hoje. O tempo todo nós mães (e pais, e funcionários, e tios e avós, todo mundo!) estamos com o tal do celular na mão. Muitas vezes salva a nossa vida porque evitamos de gastar horas com a bunda sentada na frente do computador e conseguimos resolver as coisas de forma rápida e com liberdade no celular. O problema começa quando seu filho quer atenção e você não largar o tijolinho da mão! Sofro com isso porque como empresária e blogueira, estou sempre com o celular na mão mesmo, mas é minha meta não deixar o celular interferir na minha vida com meus boys, até porque, quando estiverem mais velhos, vou cobrar deles que dê mais atenção às coisas que acontecem, do que o próprio celular, como vejo muitos adolescentes hoje em dia.
Sou Thieli, empresária e mãe de três, escrevo o blog Clube de Duas há 5 anos com minha irmã. Um blog divertido, dedicado a lifestyle, moda e maternidade. Conheça o blog
- 50 Tons de Mãe
Diariamente me culpo por passar tantas horas ao celular e atualmente me policio para só o fazer no período em que não estiver com meu filho. Ele é super tranquilo e brinca sozinho numa boa, mas é algo que EU não desejo. O fato do smartphone ser a minha principal ferramenta de trabalho faz com que essa seja uma tarefa complicada, mas que tenho como meta pessoal, pensando, exclusivamente, no futuro dele e nas histórias que ele terá para contar sobre os momentos que passou comigo!
Sou Isabela e escrevo no blog 50 Tons de Mãe, onde compartilho minhas experiências como mãe e mulher. Lá você encontra dicas sobre a maternidade, saúde, cultura e coisas de mulherzinha. Conheça o blog
- Mamãe de Casa
Apesar de estar conectada quase que 24h por dia nas redes sociais, até por causa do nosso trabalho como blogueira, eu procuro manter meus olhos e mãos no Gustavo e não no celular. Fico super irritada quando ele está fazendo algo lindo e o papai está olhando para o celular, perdendo aquele momento. De qualquer forma, o celular está sempre à mão e até ele mesmo já percebeu isso. Busco me policiar para termos muitos momentos no dia em que eu não esteja com o celular nas mãos, embora seja bem difícil pois como mães queremos tirar um milhão de fotos dos nossos pequenos, né?!
O blog Mamãe de Casa foi criado pra dividir o dia a dia de uma mãe em tempo integral, cheia de expectativas, dúvidas, sonhos e medos, mas com muita disposição para aprender e bastante humor para escrever.. Criação com apego é a minha filosofia! Conheça o blog
- Papo de Mamãe Amélia
Na era que vivemos, usamos o celular para tudo e ficamos 24 horas conectadas, mas uma coisa que tenho me policiado demais é com o tempo que passo online e que deixo de estar ao lado da minha filha. Por ser blogueira, trabalhamos o dia inteiro com o celular, mas até que ponto isso é saudável? Como vão agir nossos filhos quando crescer nessa era que se dão um passo já é registrado e postado nas redes sociais? Sinceramente tenho medo que cheguemos a um determinado tempo em que ninguém mais interage e se fala pessoalmente, apenas pelo celular, portanto tento ao máximo me desligar, e tem sido ótimo!
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