quarta-feira, 3 de junho de 2015
USO DO MÉTODO TEACCH NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS
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USO DO MÉTODO TEACCH NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS COM AUTISMO
Boa leitura!
terça-feira, 2 de junho de 2015
OFICINA: COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
TEMA: Promovendo acessibilidade e participação
do estudante com paralisia cerebral na escola.
OBJETIVOS:
Objetivo geral:
Ampliar as de habilidades de comunicação alternativa
de estudantes com paralisia cerebral no contexto escolar.
Objetivos específicos:
·
Promover a comunicação alternativa a pessoas com
dificuldades na fala ou na escrita funcional ou em defasagem entre sua
necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever;
·
Valorizar a expressão do sujeito, a partir de
outros canais de comunicação diferentes da fala;
·
Demonstrar que os gestos, sons, expressões
faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para
manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos;
METODOLOGIA:
Esta oficina tem o objetivo de ampliar ainda mais o repertório
comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão de estudantes
com paralisia cerebral, promovendo a acessibilidade e participação dos mesmos
através da comunicação alternativa.
A inclusão apenas poderá ocorrer a
partir do momento em que a escola passar por uma reestruturação, ou seja,
quando ela estiver voltada para a comunidade, for uma escola de vanguarda, dar
a oportunidade de um bom desempenho aos alunos, incentivar a colaboração e a
cooperação, quando for capaz de oferecer ambientes educacionais
flexíveis. (MRECH apud TESSARO, 2005, p. 48).
Neste sentido serão organizados e construídos auxílios externos como
cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de
palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software
específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os
recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente
personalizada e levam em consideração várias características que atendem às
necessidades deste usuário com necessidades especiais, (paralisia cerebral).
Ferreira (2005, p.65) cita que “a inclusão
escolar é justamente garantir o acesso e a permanência do aluno na escola,
seguida do mais pleno desenvolvimento escolar de todos os alunos, em um espaço
de relações educacionais que valorize a diversidade como riqueza humana e
cultural”.
Observa-se, assim, que é neste contexto da
Educação Inclusiva que a escola cumpre o seu papel social, promovendo ações que
estimulam o respeito à diversidade, através da comunicação alternativa,
construindo um espaço onde todos possam conviver, usufruindo, assim, dos mesmos
direitos.
RECURSOS MATERIAIS:
·
Pranchas
confeccionadas no site ARASSAC, de
acordo com a necessidade de cada aluno;
·
Papeis coloridos,
cola, tesoura adaptada, massinha de modelar.
·
Computador por meio de software específico (Tecnologia
assistiva);
·
Cartões de
comunicação alternativa;
RECURSOS
HUMANOS:
·
Professores das salas
de recursos multifuncionais;
·
Professores do ensino
regular;
·
Equipe diretiva da
Instituição de ensino;
·
Monitores (estagiários
que acompanham algumas crianças com NEE);
·
Professor laboratório
de informática;
AVALIAÇÃO:
Esta oficina foi organizada
para mostrar que a comunicação é considerada alternativa quando
o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, e considerada ampliada quando
o indivíduo possui alguma comunicação.
Ao final desta oficina, ficou
bem definido que através das pranchas com diversos meios de comunicação, das
atividades desenvolvidas através da tecnologia assistiva, somos capazes de
conseguir resultados significativos, no trabalho desenvolvido com crianças com
paralisia cerebral, no contexto escolar.
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS:
TESSARO, Nilza Sanches. Inclusão escolar: Concepções
de professores e alunos da Educação Regular e Especial. São Paulo: Casa do
Psicólogo. 2005.
FERREIRA. A inclusão escolar é justamente garantir o acesso e a permanência do
aluno na escola, 2005, p.65
Paralisia
cerebral
Sinônimos:
Paralisia
espástica; Paralisia - espástica; Hemiplegia espástica; Diplegia
espastica; Quadriplegia espástica
A
paralisia cerebral é um conjunto de distúrbios que podem envolver
as funções cerebrais e do sistema nervoso, como os movimentos,
aprendizagem, audição, visão e raciocínio.
Existem
vários tipos diferentes de paralisia cerebral, incluindo espástica,
discinética, atáxica, hipotônica e mista.
Causas
A
paralisia cerebral é causada por lesões ou anormalidades no
cérebro. Muitos desses problemas ocorrem conforme o bebê cresce
dentro do útero, mas podem acontecer a qualquer momento durante os
primeiros dois anos de vida, enquanto o cérebro do bebê ainda está
em desenvolvimento.
Em
algumas pessoas com paralisia cerebral, a lesão cerebral ocorre
devido a baixos níveis de oxigenação (hipoxia) na área afetada.
Não se sabe porque isso ocorre.
Bebês
prematuros apresentam risco ligeiramente mais alto de desenvolver
paralisia cerebral. A paralisia cerebral também pode ocorrer durante
a primeira infância como resultado de várias condições,
incluindo:
- Hemorragia cerebral
- Lesões no crânio
- Icterícia grave
Em
alguns casos a causa da paralisia cerebral nunca é determinada.
Exames
Um
exame neurológico completo é fundamental. Em indivíduos mais
velhos, é importante também testar a função cognitiva.
Os
demais exames a seguir podem ser realizados:
- Exames de sangue
- TC do crânio
- Eletroencefalograma (EEG)
- Audiometria
- RM do crânio
- Exame oftalmológico
Sintomas
de Paralisia cerebral
Os
sintomas de paralisia cerebral podem divergir muito entre as pessoas
com esse conjunto de distúrbios. Os sintomas podem:
- Ser muito brandos ou muito graves
- Envolver somente um lado do corpo ou ambos
- Ser mais pronunciados nos braços ou nas pernas, ou envolver tanto os braços quanto as pernas
Normalmente,
os sintomas são observados antes da criança completar 2 anos de
idade e, às vezes, têm início logo aos três meses. Os pais podem
notar que seu filho está atrasado em sua capacidade de alcançar as
coisas e nos estágios de desenvolvimento como sentar, rolar,
engatinhar e andar.
Existem
vários tipos diferentes de paralisia cerebral. Algumas pessoas
apresentam uma mistura dos sintomas.
Os
sintomas de paralisia cerebral espástica, o tipo mais comum,
incluem:
- Músculos muito rígidos e não se alongam. Eles podem ficar ainda mais rígidos com o tempo.
- Andar (marcha) anormal: braços dobrados para os lados
- joelhos cruzados ou se tocando
- as pernas fazem movimentos de "tesouras"
- andar na ponta dos pés
- As articulações são rígidas e não abrem totalmente (denominada contratura articular)
- Fraqueza muscular ou perda dos movimentos em um grupo de músculos (paralisia)
- Os sintomas podem afetar um braço ou perna, um lado do corpo, as duas pernas, ou os dois braços e as duas pernas
Os
sintomas a seguir podem ocorrer em outros tipos de paralisia
cerebral:
- Movimentos anormais (contorcidos, convulsivos ou retorcidos) das mãos, pés, braços ou pernas quando acordado, que pioram durante períodos de estresse.
- Marcha oscilante
- Perda de coordenação
- Músculos flácidos, especialmente em repouso, e articulações que se movimentam muito
Outros
sintomas cerebrais e no sistema nervoso:
- É comum a diminuição da inteligência ou da capacidade de aprendizado, mas a inteligência pode ser normal
- Problemas de fala (disartria)
- Problemas de audição e visão.
-
- Dor, especialmente em adultos (pode ser difícil de controlar)
Sintomas
alimentares e digestivos
- Dificuldade para sugar ou se alimentar em bebês, ou mastigar e engolir em crianças mais velhas e adultos
- Problemas de deglutição (em todas as idades)
- Vômito ou constipação
Outros
sintomas:
- Aumento da baba
- Crescimento mais lento do que o normal
- Respiração irregular
Tratamento
de Paralisia cerebral:
Não
existe cura para paralisia cerebral. O objetivo do tratamento é
ajudar a pessoa a ser o mais independente possível.
O
tratamento requer uma abordagem de equipe, incluindo:
- Clínico geral
- Dentista (recomenda-se uma avaliação odontológica a cada seis meses)
- Assistente social
- Enfermeiras
- Terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo
- Outros especialistas, incluindo um neurologista, um especialista em reabilitação, um pneumologista e um gastroenterologista
O
tratamento baseia-se nos sintomas apresentados pela pessoa e na
necessidade de prevenir complicações.
Os
cuidados pessoais e domésticos incluem:
- Alimentarse e nutrirse o suficiente
- Manter a casa segura
- Realizar os exercícios recomendados pelos médicos
- Realizar os cuidados intestinais adequados (laxantes, líquidos, fibras, laxativos, hábitos intestinais regulares)
- Proteger as articulações contra lesões
Recomenda-se
colocar a criança em escolas regulares, a menos que as deficiências
físicas ou o desenvolvimento mental não permitam. Educação ou
escola especial podem ajudar.
Os
itens a seguir podem ajudar com a comunicação e o aprendizado:
- Óculos
- Aparelhos auditivos
- Apoios para os músculos e ossos
- Muletas
- Cadeiras de rodas
Fisioterapia,
terapia ocupacional, ajuda ortopédica, entre outros tratamentos,
também podem ser necessários para ajudar nas atividades e cuidados
diários.
Os
medicamentos podem incluir:
- Anticonvulsivos, para prevenir ou reduzir a frequência das convulsões
- Toxina botulínica, para ajudar com a espasticidade e a flacidez
- Relaxantes musculares (baclofeno), para diminuir os tremores e a espasticidade
Em
alguns casos, pode ser necessária cirurgia para:
- Controlar o refluxo gastroesofágico
- Cortar determinados nervos da coluna vertebral, para ajudar com a dor e a espasticidade
- Inserção de sondas de alimentação
- Aliviar contraturas articulares
Estresse
e esgotamento entre os pais e outros cuidadores de pacientes com
paralisia cerebral são comuns e devem ser monitorados.
Hemiplegia:
um tipo de paralisia cerebral
Dr.
Arthur Frazão
(Médico)
A
hemiplegia é um tipo de paralisia cerebral que atinge um dos lados
do corpo deixando-o paralisado e muito debilitado. Ela deve ser
tratada o quanto antes, através da fisioterapia para melhorar a
qualidade de vida do indivíduo, embora não possa ser totalmente
revertida.
Causas
da hemiplegia
A
hemiplegia pode ser causada por lesões cerebrais, como, por exemplo,
hemorragia, congestão ou embolia, podendo surgir também como
um sintoma da arterosclerose ou após um acidente vascular cerebral
(AVC).
Embora
diferentes tipos de lesões possam causar a paralisia cerebral, ela
pode ocorrer especialmente durante os primeiros anos de vida quando a
criança desenvolve doenças graves como a meningite, infecções ou
desidratação grave, mas em muitos casos sua causa é desconhecida.
A
paralisia cerebral é progressiva, embora os sintomas possam oscilar
de quase imperceptível à espasticidade grave, em todas as formas a
fala pode ser difícil de entender devido a dificuldade em controlar
os músculos relacionados à pronúncia das palavras.
Características
da hemiplegia
A
hemiplegia possui características como:
- lado afetado da face contraído, deixando a boca torta e dificuldade em abri e fechar os olhos;
- dificuldade nos movimentos do braço e da perna do lado afetado pelo "derrame";
- espasticidade: o braço tende a ficar encolhido e a perna tende a ficar muito dura sendo difícil dobrar o joelho;
- dor nas articulações;
- dificuldade em iniciar os movimentos com o braço e com a perna afetada;
- escoliose;
- diminuição da sensibilidade no lado do corpo afetado.
Há
ainda outros sinais e sintomas relacionados ao lado do cérebro
comprometido, são eles:
Hemiplegia
à esquerda - Lesão cerebral no lado direito:
- dificuldade em orientar-se em relação ao ambiente;
- negligência do lado esquerdo do corpo;
- não se veste iniciando pelo lado afetado;
- dificuldade com números, sendo difícil realizar contas, por exemplo.
Hemiplegia
à direita - Lesão cerebral no lado esquerdo:
- não reconhece os símbolos numéricos ( + - = );
- dificuldade em distinguir o lado Direito do Esquerdo em si próprio e nos outros;
- dificuldade em lembrar-se do que ia fazer;
- dificuldade em planejar ou executar tarefas.
Estas
alterações podem não estar todas presentes no indivíduo pois
depende da gravidade da lesão e da sua recuperação.
Tratamento
para hemiplegia
Em
alguns casos, indica-se o uso da toxina botulínica como forma de
diminuir a espasticidade e melhorar a capacidade de movimentos do
indivíduo, mas nem todos têm indicação para tal tratamento. Por
norma o tratamento para a hemiplegia é feito somente com
fisioterapia, hidroterapia e, por vezes, atividade física realizada
de forma individual com um educador físico capaz.
Fonte:
http://www.tuasaude.com/hemiplegia-um-tipo-de-paralisia-cerebral/
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Pedagogia Hospitalar
A tão necessária organização da Classe Hospitalar é exigida e garantida pelo documento Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações. (BRASIL, 2002) Os ambientes serão projetados com o propósito de favorecer o desenvolvimento e a construção dos conhecimentos para as crianças, jovens e adultos, no âmbito da educação básica, respeitando suas capacidades e necessidades educacionais especiais individuais. Uma sala para desenvolvimento das atividades pedagógicas com mobiliário adequado e uma bancada com pia são exigências mínimas. Instalações sanitária próprias, completas, suficientes e adaptadas são altamente recomendáveis e o espaço ao ar livre adequado para atividades físicas e ludo-pedagógicas. Além de um espaço próprio para a classe hospitalar, o atendimento propriamente dito poderá desenvolver-se na enfermaria, no leito ou no quarto de isolamento, uma vez que restrições impostas ao educando por sua condição clínica ou de tratamento que assim requeiram. O atendimento pedagógico poderá também ser solicitado pelo ambulatório do hospital onde poderá ser organizada uma sala específica da classe hospitalar ou utilizar-se os espaços para atendimento educacional. (p.15-16)
sábado, 30 de maio de 2015
A
importância e trabalho do AEE – Atendimento Educacional Especializado.
As salas de recursos do município em que trabalho é
a maioria do tipo I conheci somente uma do tipo II, e uma que atende crianças
com baixa visão e surdo cergueira, sou educadora do publico alvo da educação
inclusiva de Ipatinga e minha sala é muito bem equipada com todos estes
materiais que foram fornecidos pelo MEC, são usados dentro do esperado, existem
também vários matérias que foram adquiridos pela própria escola, além de
existir muitos que são confeccionados de modo artesanal pela professora do AEE
em parceria com as estagiarias que fazem o acompanhamento das crianças autistas
ou com deficiência múltipla.
Conforme
a resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 12, o professor que for designado para
atuar no AEE, deve ter formação inicial que o habilite para exercício da
docência e formação específica na educação especial. Este artigo deixa bem
claro qual é o perfil do educador que deverá atuar no AEE, além de ter um amplo
conhecimento nas novas tecnologias, existem momentos de grande inquietação e
ate mesmo um pouquinho de injustiça, quando deparo com colegas de trabalho que
desacreditam no trabalho desempenhado pelo professor do AEE, eles acreditam que
este profissional tem muito menos trabalho do que os demais, já ouvi de colegas
que iriam fazer o processo seletivo do AEE (por serem concursados), só para
garantir as suas 40 horas semanais de trabalho na rede, esquecendo que ser
professor deste público alvo requer muito conhecimento e estudo, e que tentar
garantir uma jornada maior de trabalho iria ser um grande desafio para quem não
tem conhecimento de causa.
Estudos relativos à utilização da informática
educativa voltada para pessoas com necessidades educacionais especiais, vem
sendo realizados principalmente em relação à acessibilidade tecnológica (Lima,
2003; Santarosa, 2001) e criação e utilização de softwares educativos (Valente,
1991; Souza, 2010).
Em minha docência utilizo muito a tecnologia
assistiva, sendo este o instrumento que mais chama atenção das crianças,
percebo diante dos textos sugeridos para esta semana que para a tecnologia
fazer parte da educação inclusiva se faz necessário ter conhecimento de novas
metodologias e fazer acontecer à interação da teoria com a prática.
Dessa forma, o computador pode ser uma ótima
forma de favorecer o processo de aprendizagem, no entanto consideramos oportuno
recordar Valente (1991), que diz:
o
uso do computador como ferramenta educacional na escola implica em mudanças que
talvez o sistema escolar não esteja preparado para realizar, como a
flexibilidade dos pré-requisitos e do currículo, a transferência do controle do
processo de ensino do professor para o aprendiz e a relevância dos estilos de
aprendizado ao invés da generalização dos métodos de ensino. (1991, p. 29)
De acordo com Alonso e Galego
(2000) para saber a melhor forma de utilizar o computador é necessário
apoiar-se em uma teoria, uma concepção sobre ensino e aprendizagem. Outro fator
essencial é ter clareza dos elementos essenciais e inter-relacionados,
presentes na situação de ensino aprendizagem. Estas envolvem: o aluno, o
computador, a tarefa, o professor, e em muitos casos, outros alunos. Ainda de
acordo com estes autores, para utilizar o computador como recurso didático é
preciso conhecer as várias linhas de apoio ou dimensões em que se baseiam o
desenho educativo, que por sua vez, se fundamentam nas teorias de aprendizagem.
O trabalho desenvolvido no AEE é
muito importante é oferecido no contra turno para que o aluno tenha o direito
de ser inserido no ensino regular sem prejuízos para o seu aprendizado. Ao ser
atendido em uma sala de recursos multifuncionais o aluno devera receber um
atendimento diferenciado, voltado para a ludicidade, envolto de muitos
desafios, jogos, atividades voltadas para a coordenação motora grossa e fina,
lateralidade, comunicação alternativa e muitos outros métodos e mecanismos voltados para a sua necessidade no processo
ensino aprendizagem.
Uma das atribuições do professor de
AEE é estabelecer a articulação com os professores da sala de aula comum e com
demais profissionais da escola. Mesmo sendo essa atribuição prevista como
responsabilidade do professor de sala de recursos, algumas pesquisas recentes
apontam para a falta de articulação profissional entre esses profissionais
(SALOMÃO, 2011; RODRIGUES, 2012; TARTUCI et al, 2012).
Referencias
bibliográficas:
SALOMÃO, Bianca Regina L. Salas de recursos multifuncionais:
a ação do professor e o uso de tecnologia em ambientes de atendimento
especializado. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Decanato de
Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Aberta do Brasil, 2011.
VALENTE, José Armando. Liberando a mente:
computadores na educação especial. Campinas: Gráfica Central da UNICAMP, 1991.
Conceição Ferreira Leite
Alunos surdocego:
Eles podem apoiar em atividades extras salas.
No caso da inclusão do surdocego na rede regular a Lei 10.098/2000, artigo 18,
garante que: “[...] o poder público programará a formação de profissionais
intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes
[...]” O guia-intérprete exerce a função de tradutor da fala para Libras
táteis, adaptação do material para o sistema Braille e para alto-relevo,
tradução do sistema Braille para tinta (impresso) para que a professora regente
possa corrigir e acompanhar o desempenho
do surdocego. Além destas funções, durante a produção de textos o
guia-intérprete apresenta para o aluno possibilidades de temas a serem
desenvolvidos.
No AEE, é muito importante o
registro, a planificação dos atendimentos e o acompanhamento da pessoa com
surdocegueira e deficiência múltipla, para o seguimento das estratégias de
ensino e construção do portfólio individual dos alunos.
Eles variam segundo a criatividade do
professor de AEE e os seus objetivos de trabalho. Nas folhas seguintes, algumas
sugestões são apresentadas para os professores do Atendimento Educacional
Especializado- AEE e aos professores da sala de aula comum. Os instrumentos
foram organizados no formato de mapa conceitual para favorecer a compreensão
dos passos a serem seguidos, bem como os registros para organização do
portfólio dos alunos.
A interface do professor do AEE com
a escola comum visa a compartilhar informações, orientações e a realizar a
avaliação conjunta das necessidades do aluno e das adequações específicas para
os alunos com surdocegueira e com deficiência múltipla. As salas de aula e o
ensino comum em si mesmo apresentam diversos desafios para os alunos com
surdocegueira e com deficiência múltipla. Os professores que conhecem as
características do ambiente educacional podem identificá-las, promovendo as
adequações que ajudarão a participação desses alunos na turma Tecnologia
Assistiva
Tecnologia Assistiva é uma área do
conhecimento, com característica interdisciplinar, que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover
a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com
deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando a sua autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT-Comitê Brasileiro de
Tecnologia Assistiva- Dezembro, 2007).
Os
objetivos da Tecnologia Assistiva são:
•
Independência
•
Qualidade de Vida e inclusão social
•
Ampliar a comunicação
•
Ampliar a mobilidade
• Ter
controle do ambiente
• Dar
apoio nas Habilidades para o Trabalho
Abraços
carinhosos,
Conceição.
OBSERVAÇÃO DO(A) ESTUDANTE SURDO(A)
NA ESCOLA:
A
observação aconteceu em uma escola municipal, o qual pediu para não ser divulgada.
Nesta escola a inclusão está muito distante dos muros da escola. Percebe-se que
ele ate tentam, mas sem muito retorno.
A observação foi realizada por mim Conceição
Ferreira Leite, estudante do polo da cidade de Ipatinga/MG, turma 11. Fiz a
observação de um aluno de 08 anos, que estavam participando de uma atividade,
acompanhado de seus alunos do turno regular e em seguida uma aula de Educação
Física no pátio da escola, ofertada por um professor da área o qual estava
conseguindo fazer a interação do aluno com os seus colegas de classe, estavam
jogando bola e o aluno participava com muita naturalidade e competindo de igual
para igual com seus colegas.
Percebe-se
que este aluno é tem acesso ao currículo normalmente no ensino regular, sem
nenhuma alteração, para a sua deficiência, todas as atividades que lhe são
impostas são iguais às dos seus colegas, sendo que o mesmo não consegue em
momento algum acompanhar a sua turma por ser um educando surdo, quando seus
colegas estão desenvolvendo as atividades propostas o mesmo fica alheio e não tendo
o que fazer acaba atrapalhando a sua turma em geral, situação esta que acaba
deixando a professora se sentindo sem condições de ajudá-lo.
No
período da observação um momento muito
importante que vivenciei foi um momento em que os alunos estavam participando
dos jogos do PACTO, são vários jogos voltados para a alfabetização. Neste
momento percebi que aconteceu a interação do aluno Lucas com seus colegas e que
a sua professora ficou bem mais tranquila diante da situação vivenciada. Todos
participaram desta intervenção pedagógica.
Lucas demonstrou muito interesse por esta intervenção e percebe-se que
mesmo sendo surdo ele acaba dominando os seus colegas, levando-os a participar
do jogo que ele mais gosta.
Em
se tratando dos aspectos afetivos, da interação entre os colegas percebe-se que
Lucas consegue interagir com todos os seus colegas e fazer a comunicação entre
eles de sua maneira, mas o que tive a oportunidade de ver é que ele é
bem-aceito dentro de suas limitações e mesmo com dificuldades os colegas conseguem
interagir com ele através de gestos (muito interessante, os gestos foram
criados por eles, bem diferentes do estou acostumada a ver). Os colegas de
Lucas estão acostumados com sua NEE e olham para ele como um aluno sem
diferenças, todos respeitam a sua limitação sem preconceito.
A
professora demonstrou muitas dificuldades na elaboração de atividades
diferenciadas que venham contribuir com a necessidade de seu aluno, pois a
mesma acredita ser incapaz de conseguir fazer a diferença no processo ensino
aprendizagem do educando, percebi que isto incomoda muito ela, mas no primeiro
momento percebi que ela não era adepta a mudanças, estava acostumada com a
mesmice e que não queria experimentar o novo.
Encontrei
dificuldades para desenvolver esta observação, diante da rejeição da professora
e ate mesmo da escola, visto que ambas tem medo de serem expostas, acreditam
que este aluno atrapalha muito os seus colegas de classe e que o mesmo deveria
frequentar as atividades da APAE, mas sua família não apoia e não se dispõe
para leva-lo, sendo que para participar das atividades da APAE o educando
precisa ser acompanhado por um membro da família.
O
estudante observado participa das atividades do ensino regular da referida
escola e acredito que ele se sente excluído, diante da situação em que se
encontra, consegui conversar um pouco com o mesmo e senti esta inquietação por
parte dele. O mesmo alegou não gostar de estudar, preferir ficar em casa
assistindo televisão. Também tive a oportunidade de conversar com a professora
que se mostrou insatisfeita com sua
atuação diante do aluno, mas alega o tempo todo que não sabe e nem tem formação
para trabalhar com este aluno. Mas ao final da observação percebi que diante de
tantos obstáculos, consegui chamar atenção da professora para o processo de
inclusão. A mesma acredita na inclusão, mas também desconhece, encontrando
dificuldades, mesmo sendo educadora a muitos anos, tem medo de falhar, sabendo
mais sobre este caso e percebi que ela acredita que desconhecendo este processo
é mais difícil, ser observada e cobrada por não fazer a inclusão acontecer no
contexto escolar o qual esta inserida.
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