sábado, 30 de maio de 2015

A importância e trabalho do AEE – Atendimento Educacional Especializado.

As salas de recursos do município em que trabalho é a maioria do tipo I conheci somente uma do tipo II, e uma que atende crianças com baixa visão e surdo cergueira, sou educadora do publico alvo da educação inclusiva de Ipatinga e minha sala é muito bem equipada com todos estes materiais que foram fornecidos pelo MEC, são usados dentro do esperado, existem também vários matérias que foram adquiridos pela própria escola, além de existir muitos que são confeccionados de modo artesanal pela professora do AEE em parceria com as estagiarias que fazem o acompanhamento das crianças autistas ou com deficiência múltipla.
 Conforme a resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 12, o professor que for designado para atuar no AEE, deve ter formação inicial que o habilite para exercício da docência e formação específica na educação especial. Este artigo deixa bem claro qual é o perfil do educador que deverá atuar no AEE, além de ter um amplo conhecimento nas novas tecnologias, existem momentos de grande inquietação e ate mesmo um pouquinho de injustiça, quando deparo com colegas de trabalho que desacreditam no trabalho desempenhado pelo professor do AEE, eles acreditam que este profissional tem muito menos trabalho do que os demais, já ouvi de colegas que iriam fazer o processo seletivo do AEE (por serem concursados), só para garantir as suas 40 horas semanais de trabalho na rede, esquecendo que ser professor deste público alvo requer muito conhecimento e estudo, e que tentar garantir uma jornada maior de trabalho iria ser um grande desafio para quem não tem conhecimento de causa.
 Estudos relativos à utilização da informática educativa voltada para pessoas com necessidades educacionais especiais, vem sendo realizados principalmente em relação à acessibilidade tecnológica (Lima, 2003; Santarosa, 2001) e criação e utilização de softwares educativos (Valente, 1991; Souza, 2010).
Em minha docência utilizo muito a tecnologia assistiva, sendo este o instrumento que mais chama atenção das crianças, percebo diante dos textos sugeridos para esta semana que para a tecnologia fazer parte da educação inclusiva se faz necessário ter conhecimento de novas metodologias e fazer acontecer à interação da teoria com a prática.
Dessa forma, o computador pode ser uma ótima forma de favorecer o processo de aprendizagem, no entanto consideramos oportuno recordar Valente (1991), que diz:
o uso do computador como ferramenta educacional na escola implica em mudanças que talvez o sistema escolar não esteja preparado para realizar, como a flexibilidade dos pré-requisitos e do currículo, a transferência do controle do processo de ensino do professor para o aprendiz e a relevância dos estilos de aprendizado ao invés da generalização dos métodos de ensino. (1991, p. 29)
De acordo com Alonso e Galego (2000) para saber a melhor forma de utilizar o computador é necessário apoiar-se em uma teoria, uma concepção sobre ensino e aprendizagem. Outro fator essencial é ter clareza dos elementos essenciais e inter-relacionados, presentes na situação de ensino aprendizagem. Estas envolvem: o aluno, o computador, a tarefa, o professor, e em muitos casos, outros alunos. Ainda de acordo com estes autores, para utilizar o computador como recurso didático é preciso conhecer as várias linhas de apoio ou dimensões em que se baseiam o desenho educativo, que por sua vez, se fundamentam nas teorias de aprendizagem.
O trabalho desenvolvido no AEE é muito importante é oferecido no contra turno para que o aluno tenha o direito de ser inserido no ensino regular sem prejuízos para o seu aprendizado. Ao ser atendido em uma sala de recursos multifuncionais o aluno devera receber um atendimento diferenciado, voltado para a ludicidade, envolto de muitos desafios, jogos, atividades voltadas para a coordenação motora grossa e fina, lateralidade, comunicação alternativa e muitos outros métodos e mecanismos  voltados para a sua necessidade no processo ensino aprendizagem. 
Uma das atribuições do professor de AEE é estabelecer a articulação com os professores da sala de aula comum e com demais profissionais da escola. Mesmo sendo essa atribuição prevista como responsabilidade do professor de sala de recursos, algumas pesquisas recentes apontam para a falta de articulação profissional entre esses profissionais (SALOMÃO, 2011; RODRIGUES, 2012; TARTUCI et al, 2012).

Referencias bibliográficas:

SALOMÃO, Bianca Regina L. Salas de recursos multifuncionais: a ação do professor e o uso de tecnologia em ambientes de atendimento especializado. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Aberta do Brasil, 2011.
VALENTE, José Armando. Liberando a mente: computadores na educação especial. Campinas: Gráfica Central da UNICAMP, 1991.

Conceição Ferreira Leite


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