A
importância e trabalho do AEE – Atendimento Educacional Especializado.
As salas de recursos do município em que trabalho é
a maioria do tipo I conheci somente uma do tipo II, e uma que atende crianças
com baixa visão e surdo cergueira, sou educadora do publico alvo da educação
inclusiva de Ipatinga e minha sala é muito bem equipada com todos estes
materiais que foram fornecidos pelo MEC, são usados dentro do esperado, existem
também vários matérias que foram adquiridos pela própria escola, além de
existir muitos que são confeccionados de modo artesanal pela professora do AEE
em parceria com as estagiarias que fazem o acompanhamento das crianças autistas
ou com deficiência múltipla.
Conforme
a resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 12, o professor que for designado para
atuar no AEE, deve ter formação inicial que o habilite para exercício da
docência e formação específica na educação especial. Este artigo deixa bem
claro qual é o perfil do educador que deverá atuar no AEE, além de ter um amplo
conhecimento nas novas tecnologias, existem momentos de grande inquietação e
ate mesmo um pouquinho de injustiça, quando deparo com colegas de trabalho que
desacreditam no trabalho desempenhado pelo professor do AEE, eles acreditam que
este profissional tem muito menos trabalho do que os demais, já ouvi de colegas
que iriam fazer o processo seletivo do AEE (por serem concursados), só para
garantir as suas 40 horas semanais de trabalho na rede, esquecendo que ser
professor deste público alvo requer muito conhecimento e estudo, e que tentar
garantir uma jornada maior de trabalho iria ser um grande desafio para quem não
tem conhecimento de causa.
Estudos relativos à utilização da informática
educativa voltada para pessoas com necessidades educacionais especiais, vem
sendo realizados principalmente em relação à acessibilidade tecnológica (Lima,
2003; Santarosa, 2001) e criação e utilização de softwares educativos (Valente,
1991; Souza, 2010).
Em minha docência utilizo muito a tecnologia
assistiva, sendo este o instrumento que mais chama atenção das crianças,
percebo diante dos textos sugeridos para esta semana que para a tecnologia
fazer parte da educação inclusiva se faz necessário ter conhecimento de novas
metodologias e fazer acontecer à interação da teoria com a prática.
Dessa forma, o computador pode ser uma ótima
forma de favorecer o processo de aprendizagem, no entanto consideramos oportuno
recordar Valente (1991), que diz:
o
uso do computador como ferramenta educacional na escola implica em mudanças que
talvez o sistema escolar não esteja preparado para realizar, como a
flexibilidade dos pré-requisitos e do currículo, a transferência do controle do
processo de ensino do professor para o aprendiz e a relevância dos estilos de
aprendizado ao invés da generalização dos métodos de ensino. (1991, p. 29)
De acordo com Alonso e Galego
(2000) para saber a melhor forma de utilizar o computador é necessário
apoiar-se em uma teoria, uma concepção sobre ensino e aprendizagem. Outro fator
essencial é ter clareza dos elementos essenciais e inter-relacionados,
presentes na situação de ensino aprendizagem. Estas envolvem: o aluno, o
computador, a tarefa, o professor, e em muitos casos, outros alunos. Ainda de
acordo com estes autores, para utilizar o computador como recurso didático é
preciso conhecer as várias linhas de apoio ou dimensões em que se baseiam o
desenho educativo, que por sua vez, se fundamentam nas teorias de aprendizagem.
O trabalho desenvolvido no AEE é
muito importante é oferecido no contra turno para que o aluno tenha o direito
de ser inserido no ensino regular sem prejuízos para o seu aprendizado. Ao ser
atendido em uma sala de recursos multifuncionais o aluno devera receber um
atendimento diferenciado, voltado para a ludicidade, envolto de muitos
desafios, jogos, atividades voltadas para a coordenação motora grossa e fina,
lateralidade, comunicação alternativa e muitos outros métodos e mecanismos voltados para a sua necessidade no processo
ensino aprendizagem.
Uma das atribuições do professor de
AEE é estabelecer a articulação com os professores da sala de aula comum e com
demais profissionais da escola. Mesmo sendo essa atribuição prevista como
responsabilidade do professor de sala de recursos, algumas pesquisas recentes
apontam para a falta de articulação profissional entre esses profissionais
(SALOMÃO, 2011; RODRIGUES, 2012; TARTUCI et al, 2012).
Referencias
bibliográficas:
SALOMÃO, Bianca Regina L. Salas de recursos multifuncionais:
a ação do professor e o uso de tecnologia em ambientes de atendimento
especializado. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Decanato de
Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Aberta do Brasil, 2011.
VALENTE, José Armando. Liberando a mente:
computadores na educação especial. Campinas: Gráfica Central da UNICAMP, 1991.
Conceição Ferreira Leite
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