quinta-feira, 11 de junho de 2015

Altas habilidades/superlotação
O papel da escola: Orientações para inclusão de itens referentes à escolarização do estudante com altas habilidades/superdotação,no Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Márcio  Andrade Guerra  para o ano de 2016

De acordo com VIRGOLIM (2010), o conceito de superdotação para as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), consideram a rapidez da aprendizagem e a facilidade em aprofundar nos temas, e a definição apresentada pela Política Nacional de Educação Especial de 1994 do MEC sendo mais plural, por considerar que existem diferentes aspectos para o desenvolvimento de um desempenho notável. Crianças superdotadas são crianças que possuem capacidade mental acima da média, uma habilidade por determinada área específica (crianças ótimas notas em uma disciplina como história), ou de forma geral. Essas crianças apresentam características de inteligência superior a de muitas outras pessoas, criatividade e imaginação ampla, capaz de superar suas próprias limitações.
Portanto, mesmo garantido em nossa legislação, ainda persistem as barreiras e preconceitos para a inclusão de alunos com altas habilidades/superdotação. Para solucionar este problema precisamos ter políticas públicas voltadas inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais e para formação dos professores e gestores da educação, com foco na inclusão dos alunos com altas habilidade/superdotação, disseminando a ideia de que este aluno também tem necessidades educativas especiais. Assim, precisa ser identificado o mais rápido possível e atendidos de forma especializada nas escolas.
Uma criança superdotada apresenta várias características de desenvolvimento e comportamento como pouco sono, desenvolvimento físico precoce (sentar, engatinhar e caminhar), aprende a ler em pouco tempo, fala a primeira palavra com seis meses, pronuncia sua primeira frase com mais ou menos 12 meses, apresenta vocabulário impróprio para sua idade, consegue aprender o abecedário e contar até 10 aos dois anos e meio, resolve mentalmente problemas de adição e subtração até 10 com três anos, leitura precoce, boa memória para informação verbal e/ou matemática, faz questionamentos de palavras e perguntas exploratórias com pouca idade, é sensível ao mundo que o rodeia, possui grande capacidade de criatividade e imaginação, concentração e atenção, é muito observador e aberto a situações que não são usuais ou normais, destaca em raciocínio lógico e abstrato, na aprendizagem superam as expectativas dos programas de ensino convencionais, etc.
   O objetivo principal é possibilitar informações precisas para escola em relação  a  forma que deverá acontecer a inclusão de alunos com altas habilidades e superdotação em sala de aula. Em primeiro lugar temos que definir quem são esses alunos com altas habilidades e superdotações, segundo Cristina Delou, há uma diferença entre pessoas com altas habilidades e superdotadas. “Em tese, altas habilidades são os talentos que o aluno desenvolve por meio das mediações sociais ou escolares, enquanto que a superdotação equivale às potencialidades com as quais o aluno já nasce e manifesta desde o início da vida como sinais de precocidade e prodigalidade. As crianças que fazem o que deveriam fazer em uma faixa etária superior quando ainda são muito pequenas ou de forma notável, o que é típico de expertise, sem que tenham passado por escola para a aprendizagem de tais competências, podem ser consideradas superdotadas”, explica a especialista (NUNES, 2010)

Como base no Decreto nº 36.461, de 23 de Abril de 2015 do Governo do Distrito Federal que Regulamenta a Lei nº 5.372, de 24 de julho de 2014, que garante atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais identificados com altas habilidades e superdotação; que se baseia também na Lei de Diretrizes e Baseia também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no que se refere ao atendimento de alunos com altas habilidades e superlotação, segue abaixo as orientações para a inclusão desses alunos na referida escola:

A Escola Municipal Márcio Andrade Guerra deverá realizar  atendimentos em   turmas regulares, isso é o aluno superdotado  não poderá ficar isolado pois eles correm o risco  de uma auto cobrança por  causa do título que carregam de  “superinteligentes”, pode ocasionar o que aconteceu com o Téo citado num dos textos da semana, ele se enforcou  após a mãe o ter censurado. É necessário também que a escola se adéque  fisicamente e didaticamente para receber esses alunos e se aconselha que a gestora dessa escola     solicite a   Secretaria Municipal de Educação  treinamento da sua equipe docente para que saibam como incluir esse aluno. E pensando na clientela que a escola atende a metodologia será adequada ao perfil do aluno e da turma que, trabalhando para que os alunos não excluam como foi relatado no vídeo da reportagem do Bom dia Rio, onde  a aluna  estava sofrendo com as rejeições dos colegas .Portanto  diante do desafio de  identificar as  habilidades  de cada aluno superdotado, e não  tratá-lo como diferente, mas como parte do grupo, se propõe que a equipe diretiva se posicione no sentido de usar os momentos de coordenação dos professores para estar inserindo propostas de intervenção na vida desses alunos, e assim  fazendo de fato essa escola ser uma escola  que faz a sua
Neste caso, recomenda-se, às escolas de Educação Básica, garantir em seu Projeto Político Pedagógico, a implementação de um programa educacional adequado para o desenvolvimento das altas habilidades, com foco nas áreas cognitiva, afetiva e social. Oportunizando acesso a materiais e recursos didáticos e pedagógicos  que poderão subsidiar o trabalho docente.
Refletir, juntamente com o corpo docente e professor da sala de recursos, o papel de cada um na construção de um processo educativo de qualidade e viável para atender às necessidades de cada aluno. Buscar estratégias de identificação, inclusão em atendimento especializado e intervenção educativa em sala de aula, para proporcionar apoio aos estudantes com altas habilidades/superdotação. E programar medidas que garantam a qualidade e continuidade deste apoio, por meio de capacitação de professores, diversificações curriculares e enriquecimento dos contextos, garantido o direito do aluno ao desenvolvimento integral.
Buscar parcerias com instituições de Ensino Superior, para aperfeiçoar o processo de identificação de alunos que apresentem altas habilidades/superdotação e criar novos espaços inclusivos que apoiem os diferentes estilos de aprendizagem e favoreça a pesquisa. A parceria entre a família e a escola também é imprescindível para o sucesso  deste processo de ensino aprendizagem, segundo VIRGOLIM (2010).

Pais e professores são figuras fundamentais para ajudar a criança a cultivar certos traços de personalidade favoráveis ao desenvolvimento do potencial humano. Curiosidade, autoconfiança, persistência nas tarefas que se propõe a realizar, independência de pensamento e de julgamento, imaginação e criatividade são alguns dos fatores que devem ser valorizados e facilitados pela família e pela escola VIRGOLIM (2010).

 A maior dificuldade de uma criança superdotada é enfrentar a questão emocional. A interação com os pares, o apoio da família e da escola são fatores importantes para o desenvolvimento afetivo do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ALENCAR, E. M. L. S. Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
ALENCAR, E. M. L.; VIRGOLIM, A. M. R. Dificuldades emocionais e sociais do superdotado. In: E. M. L. S. ALENCAR (Org.) Criatividade e educação dos superdotados . Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2001. p.174205.
VIRGOLIM Angela-Aluno com altas habilidades: Disponível em:  http://www.ead.unb.br/moodle2013/pluginfile.php/83468/mod_resource/content/2/semana_4/texto/Mod._7.4_-_O_aluno_com_altas_habilidades.pdf /Acesso em 16  de maio de 2015.
NUNES Carolina  : Alunos com altas habilidades e superdotados: como identific
á-los? 17/11/10- Disponível em: :http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=5818Acesso em 16 de maio de 2015.

Como  lidar com crianças superdotadas -  Disponível  em: https://www.youtube.com/watch?v=MnNM9BtybYY

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