Altas
habilidades/superlotação
O papel da escola: Orientações para inclusão de itens
referentes à escolarização do estudante com altas habilidades/superdotação,no Projeto Político
Pedagógico da Escola Municipal Márcio Andrade Guerra para o ano de 2016
De acordo com VIRGOLIM (2010), o conceito de
superdotação para as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (2001), consideram a rapidez da aprendizagem e a facilidade em aprofundar
nos temas, e a definição apresentada pela Política Nacional de Educação
Especial de 1994 do MEC sendo mais plural, por considerar que existem
diferentes aspectos para o desenvolvimento de um desempenho notável. Crianças
superdotadas são crianças que possuem capacidade mental acima da média, uma
habilidade por determinada área específica (crianças ótimas notas em uma
disciplina como história), ou de forma geral. Essas crianças apresentam
características de inteligência superior a de muitas outras pessoas,
criatividade e imaginação ampla, capaz de superar suas próprias limitações.
Portanto, mesmo garantido em nossa legislação, ainda
persistem as barreiras e preconceitos para a inclusão de alunos com altas
habilidades/superdotação. Para solucionar este problema precisamos ter
políticas públicas voltadas inclusão dos alunos com necessidades educativas
especiais e para formação dos professores e gestores da educação, com foco na
inclusão dos alunos com altas habilidade/superdotação, disseminando a ideia de
que este aluno também tem necessidades educativas especiais. Assim, precisa ser
identificado o mais rápido possível e atendidos de forma especializada nas
escolas.
Uma criança superdotada apresenta várias
características de desenvolvimento e comportamento como pouco sono, desenvolvimento
físico precoce (sentar, engatinhar e caminhar), aprende a ler em pouco tempo,
fala a primeira palavra com seis meses, pronuncia sua primeira frase com mais
ou menos 12 meses, apresenta vocabulário impróprio para sua idade, consegue
aprender o abecedário e contar até 10 aos dois anos e meio, resolve mentalmente
problemas de adição e subtração até 10 com três anos, leitura precoce, boa
memória para informação verbal e/ou matemática, faz questionamentos de palavras
e perguntas exploratórias com pouca idade, é sensível ao mundo que o rodeia,
possui grande capacidade de criatividade e imaginação, concentração e atenção,
é muito observador e aberto a situações que não são usuais ou normais, destaca
em raciocínio lógico e abstrato, na aprendizagem superam as expectativas dos
programas de ensino convencionais, etc.
O objetivo principal é possibilitar
informações precisas para escola em relação
a forma que deverá acontecer a
inclusão de alunos com altas habilidades e superdotação em sala de aula. Em
primeiro lugar temos que definir quem são esses alunos com altas habilidades e
superdotações, segundo Cristina Delou, há uma diferença entre pessoas com altas
habilidades e superdotadas. “Em tese, altas habilidades são os talentos que o
aluno desenvolve por meio das mediações sociais ou escolares, enquanto que a
superdotação equivale às potencialidades com as quais o aluno já nasce e
manifesta desde o início da vida como sinais de precocidade e prodigalidade. As
crianças que fazem o que deveriam fazer em uma faixa etária superior quando
ainda são muito pequenas ou de forma notável, o que é típico de expertise, sem
que tenham passado por escola para a aprendizagem de tais competências, podem
ser consideradas superdotadas”, explica a especialista (NUNES, 2010)
Como
base no Decreto nº 36.461, de 23 de Abril de 2015 do Governo do Distrito
Federal que Regulamenta a Lei nº 5.372, de 24 de julho de 2014, que garante
atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais
especiais identificados com altas habilidades e superdotação; que se baseia
também na Lei de Diretrizes e Baseia também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
no que se refere ao atendimento de alunos com altas habilidades e superlotação,
segue abaixo as orientações para a inclusão desses alunos na referida escola:
A Escola Municipal Márcio Andrade Guerra deverá
realizar atendimentos em turmas regulares, isso é o aluno
superdotado não poderá ficar isolado
pois eles correm o risco de uma auto cobrança
por causa do título que carregam de “superinteligentes”, pode ocasionar o que
aconteceu com o Téo citado num dos textos da semana, ele se enforcou após a mãe o ter censurado. É necessário também
que a escola se adéque fisicamente e
didaticamente para receber esses alunos e se aconselha que a gestora dessa
escola solicite a Secretaria Municipal de Educação treinamento da sua equipe docente para que
saibam como incluir esse aluno. E pensando na clientela que a escola atende a
metodologia será adequada ao perfil do aluno e da turma que, trabalhando para
que os alunos não excluam como foi relatado no vídeo da reportagem do Bom dia Rio,
onde a aluna estava sofrendo com as rejeições dos colegas
.Portanto diante do desafio de identificar as habilidades
de cada aluno superdotado, e não
tratá-lo como diferente, mas como parte do grupo, se propõe que a equipe
diretiva se posicione no sentido de usar os momentos de coordenação dos
professores para estar inserindo propostas de intervenção na vida desses
alunos, e assim fazendo de fato essa
escola ser uma escola que faz a sua
Neste caso, recomenda-se, às escolas de Educação
Básica, garantir em seu Projeto Político Pedagógico, a implementação de um programa
educacional adequado para o desenvolvimento das altas habilidades, com foco nas
áreas cognitiva, afetiva e social. Oportunizando acesso a materiais e recursos
didáticos e pedagógicos que poderão
subsidiar o trabalho docente.
Refletir, juntamente com o corpo docente e professor
da sala de recursos, o papel de cada um na construção de um processo educativo
de qualidade e viável para atender às necessidades de cada aluno. Buscar estratégias
de identificação, inclusão em atendimento especializado e intervenção educativa
em sala de aula, para proporcionar apoio aos estudantes com altas
habilidades/superdotação. E programar medidas que garantam a qualidade e
continuidade deste apoio, por meio de capacitação de professores,
diversificações curriculares e enriquecimento dos contextos, garantido o
direito do aluno ao desenvolvimento integral.
Buscar parcerias com instituições de Ensino Superior,
para aperfeiçoar o processo de identificação de alunos que apresentem altas
habilidades/superdotação e criar novos espaços inclusivos que apoiem os
diferentes estilos de aprendizagem e favoreça a pesquisa. A parceria entre a
família e a escola também é imprescindível para o sucesso deste processo de ensino aprendizagem,
segundo VIRGOLIM (2010).
Pais e professores são
figuras fundamentais para ajudar a criança a cultivar certos traços de
personalidade favoráveis ao desenvolvimento do potencial humano. Curiosidade,
autoconfiança, persistência nas tarefas que se propõe a realizar, independência
de pensamento e de julgamento, imaginação e criatividade são alguns dos fatores
que devem ser valorizados e facilitados pela família e pela escola VIRGOLIM
(2010).
A maior dificuldade de uma criança superdotada
é enfrentar a questão emocional. A interação com os pares, o apoio da família e
da escola são fatores importantes para o desenvolvimento afetivo do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ALENCAR,
E. M. L. S. Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001.
ALENCAR,
E. M. L.; VIRGOLIM, A. M. R. Dificuldades emocionais e sociais do superdotado.
In: E. M. L. S. ALENCAR (Org.) Criatividade e educação dos superdotados .
Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2001. p.174‐205.
VIRGOLIM Angela-Aluno com
altas habilidades: Disponível em: http://www.ead.unb.br/moodle2013/pluginfile.php/83468/mod_resource/content/2/semana_4/texto/Mod._7.4_-_O_aluno_com_altas_habilidades.pdf
/Acesso em 16 de maio de 2015.
NUNES Carolina : Alunos com altas habilidades e superdotados: como identificá-los? 17/11/10- Disponível em: :http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=5818Acesso em 16 de maio de 2015.
NUNES Carolina : Alunos com altas habilidades e superdotados: como identificá-los? 17/11/10- Disponível em: :http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=5818Acesso em 16 de maio de 2015.